Carlos Alberto Felice, de 77 anos, foi encontrado com pés amarrados por fios elétricos em 16 de junho. Polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança que mostraram quando criminosos invadiram casa da vítima. Políciais abriram a garagem e encontraram o idoso morto no chão coberto por um tapete
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O segundo suspeito de matar um idoso de 77 anos dentro da casa da vítima em julho, no Jardim Europa, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo, foi preso em flagrante por um roubo de carro na Vila Clementino, mesma região do crime contra o idoso.
“Já era identificado e foragido por ser o executor da morte com roubo. Na sexta [16], ele entrou em flagrante por um roubo de veículo com um parceiro e acabaram sendo presos por policiais militares”, disse o delegado Rogério Barbosa.
O crime contra Carlos Alberto Felice é considerado um latrocínio, quando há roubo seguido de morte, segundo a Polícia Civil. Jordan Magalhães Nogueira alegou, conforme a polícia, que entrou na casa para roubar o veículo da vítima e esperou que ela chegasse à garagem com a chave para abordá-la. Em seguida, também passou a pegar objetos no imóvel e atacou o idoso, que morreu no local.
O suspeito trabalhava em uma obra na região e entrou na casa do idoso com o comparsa pelo telhado. A polícia acredita que o Carlos Alberto foi executado porque poderia reconhecer um dos dois após o crime.
Os investigadores tiveram acesso ao registro de câmera de segurança que mostrou o momento em que eles deixaram o local de trabalho e invadiram a residência. Eles entraram à noite e só saíram dela na tarde do dia posterior. Um dos suspeitos foi preso em 24 de julho e apontou o segundo.
O g1 não conseguiu contato com a defesa de Jordan até a última atualização.
Amarrado e coberto por tapete
O crime ocorreu no dia 11 de julho, mas o corpo só foi encontrado cinco dias depois, quando o sobrinho da vítima acionou a polícia após não ter retorno do tio.
Os pés e as mãos de Carlos Alberto estavam amarrados com fios elétricos. A polícia ainda achou um pedaço de madeira que pode ter sido usado pelos criminosos.
Carro e dinheiro
Na semana passada, o delegado responsável por investigar o caso negou a informação que foi divulgada inicialmente, de que a vítima guardava R$ 3,5 milhões dentro do imóvel.
Segundo boletim de ocorrência do caso, um homem que se apresentou como amigo da vítima informou ao sobrinho do idoso que ele teria vendido um imóvel e que guardava “um bom dinheiro” dentro da casa.
A polícia confirmou que a casa foi de fato vendida, e que a vítima tinha uma quantia entre R$ 30 a 70 mil guardado dentro da residência.
Um dos criminosos teria gastado R$ 5 mil em um loja de imóveis.
Imóvel onde idoso de 77 anos foi encontrado morto com sinais de violência em SP
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