O caso está sendo investigado como possível crime de abandono de incapaz. Mulher que recebeu o bebê dos braços da mãe levou o recém-nascido até à Deaca
Reprodução / Redes sociais
Na tarde desta quarta-feira (4), um bebê recém-nascido foi deixado pela suposta mãe com uma mulher em uma parada de ônibus no Centro de Santarém, no oeste do Pará. O caso foi levado à Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca) e está sendo investigado como possível crime de abandono de incapaz.
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Segundo relatos do delegado Jonivaldo Carneiro e do Conselho Tutelar, uma mulher, com idade estimada entre 25 e 30 anos, magra, morena e alta, entregou o bebê a uma senhora que aguardava o transporte público na parada de ônibus, pedindo para segurar a criança enquanto ela ia ao banheiro. Após alguns minutos, a mulher não retornou, o que despertou preocupação na mulher que ficou segurando o recém-nascido.
A situação foi então comunicada à Polícia e ao Conselho Tutelar.
A mulher que recebeu o bebê, identificada como Maria de Nazaré, levou a criança à delegacia. “Registramos o boletim de ocorrência e já iniciamos uma investigação para identificar a mãe e encaminhar o caso à Justiça”, informou o delegado.
Ele explicou que o próximo passo será analisar imagens de câmeras de segurança da região onde o bebê foi deixado pela mãe e coletar depoimentos de testemunhas que estavam no local no momento do abandono.
O bebê está sob os cuidados do Conselho Tutelar e deve ser encaminhado à Casa de Acolhimento.
“Caso alguém tenha informações sobre essa mulher ou conheça alguma grávida que não apresentou o bebê recentemente, pedimos que entrem em contato com o Conselho Tutelar ou com a delegacia”, reforçou o delegado.
O Conselho Tutelar informou que a situação também foi comunicada ao Juizado da Infância, e o bebê permanecerá sob acolhimento institucional até que sejam identificados os responsáveis ou definidos os próximos passos legais.
A mulher que abandonou o bebê demonstrou aparente tranquilidade ao pedir que segurassem a criança, de acordo com relatos de testemunhas.
“Ela disse que precisava ir ao banheiro e deixou a criança nos braços da senhora sem demonstrar nervosismo ou hesitação”, informou a Conselheira Tutelar, Antônia Vita.
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