Paulo Antônio de Souza Júnior foi preso por agência americana que prende imigrantes sem documentação. Ele estava foragido desde outubro de 2023. Policial militar Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado por matar o estudante Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho, em Goiânia
Reprodução/TV Anhanguera
O policial militar Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado por matar o estudante Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho, e que estava foragido após fugir do presídio militar onde trabalhava para a remissão da pena, foi preso em Atlanta, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (31) ao repórter Honório Jacometto, da TV Anhanguera.
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O g1 não localizou a defesa do PM até a última atualização da reportagem. À TV Anhanguera ele não quis se pronunciar.
O PM foi preso no dia 17 deste mês por uma agência americana que prende imigrantes sem documentação. Ele estava foragido desde outubro de 2023, quando não voltou ao presídio após o expediente administrativo que fazia para remissão de pena.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) não informou à reportagem quando Paulo Antônio vai ser extraditado para cumprir pena no Brasil, porque ainda não foi comunicado sobre a prisão. A família de Robertinho não quis comentar sobre a prisão do policial nos Estados Unidos.
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Arquivo pessoal
Em fevereiro deste ano, quatro meses depois da fuga, o nome do policial militar foi colocado na lista vermelha de difusão da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), onde aparecem procurados da justiça do mundo inteiro.
Paulo Antônio de Souza Júnior foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão pela morte de Robertinho, que tinha 16 anos, e por balear o pai do adolescente. O crime aconteceu em 2017, e o julgamento teve uma série de adiamentos.
Condenações
Durante o júri popular, em junho de 2023, Rogério Rangel Araújo Silva recebeu a sentença de 10 anos e 8 meses de prisão por participação no crime. Cláudio Henrique da Silva também foi condenado a 10 anos e 8 meses de prisão. Eles também são policiais militares.
Em entrevista ao g1, Roberto Lourenço, pai da vítima, relatou os sentimentos sobre a morte do adolescente. “Parece que [a morte] foi ontem, é uma dor sem fim”, disse o pai.
Relembre o caso
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O crime aconteceu em abril de 2017, em Goiânia. Os três PMs estavam à paisana e foram até a casa do pai de Robertinho, que estava com o filho e a esposa, e desligaram o relógio de energia.
Assustado, Roberto pegou uma arma que tinha em casa, adquirida após sofrer um assalto, e deu um tiro para cima. Na sequência, foram dados vários tiros de fora da casa para dentro.
De acordo com a investigação, Robertinho foi atingido por mais de dez disparos e morreu no local. Os militares, porém, alegaram legítima defesa.
Roberto também foi baleado e socorrido. Ele recebeu alta tempos depois, mas não se recuperou totalmente, pois ainda tem projéteis no corpo que não foram retirados, o que lhe causa uma série de dores.
Os réus, Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior, Rogério Rangel Araújo Silva, chegaram a ser presos, mas foram soltos quase três meses depois.
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