PM da Companhia de Ações Especiais de Polícia (Caep) foi atingido durante uma ação no Morro José Menino, em Santos (SP). Caso aconteceu por volta das 13h33, deste sábado (9). PM foi baleado no Morro José Menino durante Operação Verão
Um policial militar da Companhia de Ações Especiais de Polícia (Caep) foi baleado em Santos, no litoral de São Paulo, neste sábado (9). Segundo apurado pelo g1 junto à Polícia Militar, o policial realizava uma ação no Morro José Menino, durante a Operação Verão, e foi atingido no braço. O estado de saúde dele é estável.
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Ao entrar na comunidade, de acordo com a PM, uma equipe do Caep se deparou com homens armados por volta das 13h33 e iniciaram um confronto. O policial foi atingido por dois disparos na região dos braços. Não há informações sobre suspeitos feridos ou detidos até a última atualização desta reportagem.
A corporação informou ao g1 que o policial foi socorrido e levado ao Hospital Santa Casa de Santos, onde permanece consciente e estável. Segundo a PM, o caso deve ser registrado no 7º Distrito Policial (DP) da cidade.
À esquerda, policiais durante ação no Morro José Menino. À direita, Helicóptero Águia da PM nas proximidades onde o agente foi baleado
g1 Santos
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não foi acionado para o atendimento desta ocorrência.
A equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) e com o Hospital Santa Casa de Santos, mas não obteve retorno.
Policiais durante operação no Morro José Menino, em Santos
Carlos Abelha/TV Tribuna
Operação Verão
A Operação Verão foi estabelecida na Baixada Santista desde dezembro de 2023. No entanto, com a morte do PM Samuel Wesley Cosmo, em 2 de fevereiro, o Estado deflagrou a 2ª fase da ação com o reforço policial na região.
Em 7 de fevereiro, mais um PM foi morto, o cabo José Silveira dos Santos. Na ocasião, começou a 3ª fase da operação, que foi marcada pela instalação do gabinete de Segurança Pública em Santos e mais policiais nas cidades do litoral paulista. A equipe da SSP-SP manteve a sede na Baixada Santista por 13 dias.
A 3ª fase da Operação Verão permanece em andamento por tempo indeterminado. Já foram registradas 39 mortes de suspeitos (veja a tabela abaixo).
Segundo a SSP-SP, desde o início da 1ª fase da ação, em 18 de dezembro, 876 criminosos foram presos, incluindo 334 procurados pela Justiça, e 616,2 kg de drogas retiradas das ruas. Além disso, 90 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito, foram recolhidos.
Mortes de suspeitos
Repercussão
A Defensoria Pública de São Paulo, em conjunto com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, pediu o fim da operação policial na região e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares.
A Ouvidoria da Polícia de São Paulo e as entidades de segurança pública e proteção de direitos humanos também entregaram à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado um relatório com irregularidades nas abordagens de policiais durante a Operação Verão na Baixada Santista.
Além das denúncias, o documento conta com uma série de recomendações aos órgãos públicos para que cessem as violações de direitos humanos praticadas pela polícia.
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo, abriu uma notícia de fato para investigar as denúncias de funcionários da Saúde de Santos de que corpos de mortos na Operação Verão da PM na Baixada Santista são levados como vivos para hospitais.
Nesta semana, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que não reconhece excessos na ação da Polícia Militar na Baixada Santista durante as operações. No entanto, a declaração foi rebatida pelo ouvidor da Polícia Cláudio Aparecido da Silva. Para a Ouvidoria, o “cenário é de massacre e crise humanitária”.
Na manhã deste sábado (9), uma manifestação a favor da Operação Verão reuniu moradores, representantes de associações, policiais militares e deputados estaduais, que integram a chamada ‘Bancada da Bala’. O ato ocorreu na Praça das Bandeiras, na orla da praia do Gonzaga, em Santos.
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