Agente alega que suspeito, armado, tentou agarra-la e beija-la a força. Ela está afastada do trabalho há um mês por problemas psicológicos. Complexo Penitenciário da Papuda
Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Uma policial penal denunciou um colega de trabalho por assédio sexual, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Segundo a vítima, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) não deu a devida atenção ao caso.
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Policial penal há sete anos, a mulher trabalha no presídio de segurança máxima dentro da Papuda, mas está afastada há um mês por problemas psicológicos. A policial penal alega, em março deste ano, que foi assediada sexualmente por duas vezes por um colega que, armado e fora do horário de trabalho, teria tentado agarra-la e beija-la a força.
Em nota, a Seape informou que instaurou um procedimento investigativo para apurar a denúncia da servidora e que o caso é tratado em sigilo para preservar a vítima. A pasta afirma que a arma do servidor foi recolhida e que, obedecendo uma decisão judicial, a vítima e o agressor estão em locais de trabalho diferentes.
Denúncia
À época das agressões, a servidora foi até a 4ª Delegacia de Polícia, no Guará, prestar queixa e conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra o colega de trabalho. Ela também procurou a Secretaria de Administração Penitenciaria para denunciar o caso e pedir transferência, mas afirma que o órgão não deu a importância devida ao caso.
“Em um primeiro momento, me foi negada a minha remoção. Eles me deram três horas para eu resolver tudo o que eu tinha para resolver. Como eu não consegui cumprir as três horas, eles fizeram um despacho e me mandaram para outra unidade dentro do complexo”, conta a vítima.
Além de acionar a secretaria, a vítima denunciou o caso para a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF. No mês passado, a comissão enviou um ofício para o Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional no Ministério Público, pedindo uma apuração do caso.
O documento destaca a gravidade da violência sofrida pela policial, que incluem discriminação e negligencia. Além disso, a comissão também pediu ao Ministério Público que toma as medidas legais cabíveis para proteger os direitos da servidora.
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