Em entrevista ao Encontro, da Rede Globo, Leandro Félix pediu por justiça. Batida matou Isabely Cristina dos Santos Felix, de 19 anos, que estava na garupa de moto. Isabely Cristina dos Santos Felix, de 19 anos, sofreu ferimentos na cabeça e morreu no local.
Reprodução/RPC
O pai de Isabely Cristina dos Santos Felix, Leandro Felix, questiona o motivo de o motorista que atingiu a jovem com um Porsche não ter sido preso. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da Rede Globo, na manhã desta quarta-feira (16).
“Ele não se apresentou [à polícia]. A gente estava lá ontem, esperando ele. 11h era pra ele se apresentar e também não foi. […] Por quê que em Maringá [a justiça] não funciona? [Por que] Tem que esperar ele [se apresentar]?”, questionou.
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A jovem, que tinha 19 anos, estava na garupa de uma moto quando foi atingida por um Porsche que invadiu o cruzamento das avenidas Gastão Vidigal e Petrônio Portela em Maringá, no norte do Paraná. O acidente foi registrado na noite de sábado (12). Relembre mais abaixo.
Segundo a investigação, o carro estava sendo dirigido por Francis Mayco Alves, de 38 anos, que fugiu sem prestar socorro e abandonou o carro na via. No dia, segundo a polícia, um homem que se identificou como pai de Francis esteve no local e disse que o filho se apresentaria na segunda-feira (14), o que não aconteceu. Houve uma nova promessa de apresentação na terça (15), que também não se concretizou.
Durante a entrevista, Leandro Felix relatou que após o acidente, o motorista do carro confrontou Tiago de Souza, de 21 anos, namorado da Isabely e quem pilotava a moto.
Pais da jovem que morreu atingida por Porsche deram entrevista ao Encontro
Rede Globo
“O pior ainda é ele ir lá no Tiago, [que estava] no chão, com as duas pernas quebradas, e falar que ele estava errado. Falar ‘você viu o que você fez?’. O cara falar isso aí para o Tiago deitado no chão”, disse.
O advogado de Francis afirmou que ainda não teve acesso aos autos e que, por enquanto, não vai se manifestar sobre o caso.
O delegado responsável pelo caso, Francisco Caricati, disse que deve ouvir mais testemunhas e que, depois disso, pretende ouvir o motorista do Porsche. O delegado não informou uma data específica para Francis se apresentar.
Até a última atualização desta reportagem, não havia pedido de prisão contra Francis.
O caso:
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Uma câmera de segurança registrou o momento em que o carro cruzou a via e atingiu a motocicleta em que Isabely estava. Nas imagens, é possível ver que o sinal estava verde para a moto. Assista acima.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana da cidade, Gilberto Purpur, as imagens indicam que o motorista do Porsche furou o sinal vermelho.
“Faltava muito tempo ainda de [sinal] vermelho para que a Avenida Petrônio Portela pudesse receber o sinal verde”, explicou o secretário.
A RPC apurou com testemunhas que, após a batida, Francis saiu do carro e entrou em uma farmácia dizendo que “tinha matado a menina”. Na sequência, ele abandonou o carro e fugiu do local sem esperar a chegada da polícia.
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Reprodução
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Histórico de suspensões
A RPC apurou que, desde 2006, Francis acumulou 100 multas de trânsito. Ele teve a carteira de habilitação suspensa duas vezes e cassada 12 vezes.
De acordo com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), a última CNH dele foi emitida em 5 de setembro deste ano. Por isso, a documentação de Francis estava regular no momento do acidente
Ainda segundo o departamento, o Porsche dirigido por ele tinha R$ 32 mil em débitos, sendo R$ 23 mil em Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá (Semob) afirmou que o veículo também estava com o licenciamento atrasado desde setembro e, por este motivo, não poderia estar circulando.
‘Jovem cheia de planos’
Isabely trabalhava em uma loja de celulares. O pai dela contou que a jovem começou a cursar Administração, mas parou. Segundo a família, Isabely era cheia de planos e com muita vida pela frente.
“Começou a trabalhar, estava feliz no trabalho. Tinha que viver a vida. Cortaram isso dela. Simplesmente tiraram todos os sonhos que ela poderia ter de ter uma família, de viajar, de estudar, de tudo… Ela começou a vida agora e simplesmente tiraram isso dela”, disse Guilherme dos Santos, primo da vítima.
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