4 de março de 2025

Prédios ‘de roupinha’ viralizam na internet: redes de proteção se transformam em cachecol, trança e vestido de noiva


Vídeo do artista visual Artur Gaudenzi, de Porto Alegre, passa de meio milhão de visualizações. Prédios ‘de roupinha’ viralizam nas redes sociais
Você já andou pelas ruas da sua cidade e enxergou um vestido esvoaçante, um prédio de cachecol ou até mesmo uma passarela de moda a céu aberto? Às vezes, basta um novo olhar para transformar o comum em algo bem mais divertido do que parece.
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É o que o artista visual, designer e ator Artur Gaudenzi costuma fazer. Um vídeo publicado no início do mês já acumula mais de meio milhão de visualizações: o artista reuniu um compilado de imagens de prédios em obras em Porto Alegre, cobertos pelas tradicionais redes de proteção, e os “vestiu” com personalidade.
A ideia, que surgiu em 2021, ganhou nova projeção com um repost recente. Veja acima.
“Sempre tive essa cabeça de ver coisas que não estão ali e inventar, sempre pegando coisas do cotidiano e modificando, colocando uma magiazinha, digamos”, conta o artista.
Prédios com redes de proteção em Porto Alegre
Divulgação/ Artur Gaudenzi
Segundo o engenheiro civil Rafael Walter Souza, as redes de proteção são instaladas ao redor do perímetro do prédio em construção para impedir que objetos sejam projetados para fora, reduzindo assim o risco de acidentes.
“(A rede) tem a função principal de proteger para que não ocorra nenhuma queda de equipamentos materiais na periferia (do prédio) e corram o risco de atingir alguma pessoa, algum equipamento, alguma coisa assim”, explica Souza.
Ainda segundo o engenheiro, apesar de essenciais, as redes de proteção não atuam sozinhas na segurança do ambiente de trabalho. Elas são complementadas por outros dispositivos, como o guarda-corpo, que tem a função específica de evitar quedas de pessoas.
No vídeo de Gaudenzi, cada prédio ganha uma narrativa própria, dependendo da disposição e das cores das redes.
“Vai da criatividade de criar uma história por trás, de ter uma narrativa, que nem tem um prédio que é só uma listra, parece que está com uma trancinha”, relata o artista.
Prédio “de trancinha”
Artur Gaudenzi/ Divulgação
“Ele está de smoking”, fala sobre outra edificação, com a rede de proteção da cor preta.
O artista define o prédio “de smoking” como o “noivo”, já que, ao lado dele, existe um prédio coberto de uma rede branca, que seria “a noiva”.
Prédios “de noiva” e “de noivo”
Divulgação/ Artur Gaudenzi
As imagens são pequenos compilados de 2021 a 2023. Para Artur, a repercussão tem sido surpreendente, já que ele tem sido reconhecido na rua pela produção.
“Estava no show e as pessoas falaram: ‘é o cara do prédio de roupinha'”, conta.
Agora, ele planeja uma parte dois do vídeo. Gaudenzi aceita colaborações pelas redes sociais.
“Não é fácil achar prédios bem vestidos por aí o tempo inteiro”, brinca.
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