Eles vão responder por organização criminosa e corrupção passiva. Defesa de Salvaro diz que ‘justiça será feita e se concretizará com a absolvição do ilustre Prefeito’. Clésio Salvaro chegou a ser preso na Operação Caronte, mas Justiça autorizou o retorno dele ao cargo de prefeito de Criciúma
Reprodução/Redes sociais
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e outras 20 pessoas viraram réus em um processo relacionado à investigação de um suposto esquema envolvendo serviço funerário, apurado na Operação Caronte. Os acusados vão responder por organização criminosa e corrupção passiva.
A denúncia, feita pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), foi aceita pelo Poder Judiciário nesta quinta-feira (14). Salvaro chegou a ficar 20 dias preso durante a investigação.
A defesa do político se manifestou por nota: “Temos a mais absoluta certeza de que a justiça será feita e se concretizará com a absolvição do ilustre Prefeito”.
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A denúncia do MPSC, baseada em um inquérito de mais de 15 mil laudas, foi aceita na íntegra. Criciúma é a mais importante cidade do Sul de Santa Catarina.
Salvaro foi preso e afastado do cargo em 3 de setembro dentro da Operação Caronte, que investiga irregularidades na prestação dos serviços funerários em Criciúma. Ele foi solto em 23 de setembro, mas seguia sem poder entrar na prefeitura.
O Poder Judiciário autorizou que ele voltasse ao cargo em 31 de outubro. O vice-prefeito, Ricardo Fabris (MDB), ficou como responsável pelo município enquanto Salvaro estava preso ou afastado.
Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, é preso na Operação Caronte – reportagem de 3 de setembro
Operação Caronte
Salvaro foi detido na segunda fase da Operação Caronte. Na primeira etapa, em 5 de agosto deste ano, buscas foram feitas na sede da prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito. Na época, foram cumpridos sete mandados de prisão pelo suposto esquema no serviço funerário.
Como ‘caixão caído do caminhão da mudança’ ajudou a revelar esquema que levou à prisão de Clésio Salvaro
Conforme a decisão que autorizou a operação, assinada pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, a apuração aponta que houve alteração na legislação municipal que resultou na redução do número de funerárias habilitadas a operar na cidade.
“As investigações revelaram um complexo e permanente esquema de supostos crimes contra a administração pública e consumidores em Criciúma, sobretudo no controle do serviço funerário”, cita o documento.
O grupo passou a comandar os serviços funerários na cidade a partir de um processo licitatório com indícios de fraude para assumir a Central de Serviços Funerários, órgão que, segundo a prefeitura, atua para que “famílias enlutadas terão acesso a todas as informações necessárias para proceder com os tramites relacionados a escolha e contratação de uma funerária para posterior sepultamento ou cremação”.
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