1 de novembro de 2024

Premiada como ‘melhor show do ano’, Luiza Lian se apresenta pela primeira vez em Belém em festival gratuito


Com um show que combina elementos do cinema, artes visuais, música e dança, Luiza Lian se apresenta nesta sexta-feira, 1, em um palco a céu aberto, na frente do Museu do Estado do Pará. Luiza Lian se apresenta pela primeira vez em Belém
Filipa Aurélio
Um dos destaques da nova geração de artistas do Brasil, Luiza Lian se apresenta pela primeira vez em Belém nesta sexta-feira (1), a partir de 19h, na noite de abertura da programação do Festival Amazônia Mapping 2024, em um palco a céu aberto, na frente do Museu do Estado do Pará, na Cidade Velha. Lian mostra ao público do Pará o show “7 Estrelas | quem arrancou o céu?”, que ganhou prêmio nacional da Associação Paulista de Críticos de Arte como o melhor espetáculo de 2023.
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Uma espécie de “ópera digital”, o espetáculo cênico-musical traz a participação de duas dançarinas, projeções e um elaborado desenho de luz. O projeto, diz ela, foi todo pensado como um tipo de jornada. “Um filme mesmo, uma história. E, nessa jornada, está uma pessoa que acaba mergulhando em espelhos – digitais – e se perdendo de si mesma. Ou seja, é como se fosse uma jornada dessa pessoa em um labirinto até se reencontrar”, sintetiza Luiza.
A estreia da artista em Belém será em parceria com a artista visual Bianca Turner, que montou visuais especiais para compor com o som disruptivo de Luiza no Festival Amazônia Mapping. O evento, que é referência mundial em arte e tecnologia, conecta a pluralidade das diversas Amazônias que se espraiam por nove países da América Latina.
“Belém é uma cidade que eu tenho o sonho de conhecer há muito tempo. Me fascino muito pela cultura, a comida, a música, as cores dessa cidade. E já estou há muito tempo sonhando com a possibilidade de trazer esse show para cá. Então, eu estou muito feliz que rolou, especialmente no Amazônia Mapping, que é um festival que eu venho acompanhando desde a primeira edição. E sempre achei que seria um lugar mais legal de eu chegar com o tipo de trabalho que eu venho desenvolvendo nos últimos anos”, celebra Luiza.
Luiza Lian em espetáculo que reúne elementos do cinema, de projeção mapeada, dança e som
Divulgação
Cantora, compositora e artista visual, Luiza tem quatro álbuns lançados, com os quais já se apresentou nos principais palcos e festivais do país e acumulou os prêmios Multishow e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Em seu trabalho, vem construindo uma obra que expande os conceitos da música para além dos fonogramas, integrando elementos das artes plásticas, cinema, teatro, fotografia, moda, arte digital e performance em suas apresentações ao vivo e videoclipes.
O lançamento de seu mais recente ábum, 7 Estrelas | quem arrancou o céu? consolida sua parceria com o produtor musical Charles Tixier, com quem construiu sua reputação musical em seus discos mais recentes, Oyá Tempo (2017) e Azul Moderno (2018).
Luiza Lian em espetáculo que reúne elementos do cinema, de projeção mapeada, dança e som
Divulgação
Sua obra questiona as transformações de nosso tempo e como elas se refletem em nós, seja partindo do ponto de vista espiritual, político ou estético. Ao fundir elementos de música brasileira, música eletrônica e música pop com ênfase na lente do sincretismo religioso, ela vai de encontro aos parâmetros do mercado brasileiro atual, em que a música escapista para dançar parece ditar as regras para o público. Em vez disso, ela investiga as dores e os prazeres da vida, sempre levantando questões existenciais de forma sensível, como se convidasse o ouvinte para a reflexão.
Imagem e som
Em uma proposta única na região, o line-up do Amazônia Mapping promove espetáculos de música e imagem. A programação traz pela primeira vez ao Pará o Ciclope Studio, projeto de artes visuais da Bolívia; as experimentações imagéticas e sonoras de Luiza Lian, em apresentação do melhor show de 2023, premiado nacionalmente; o feat entre Tambores do Pacoval e Mestra Bigica, conectando o carimbó do Soure e Marapanim, com projeções das obras de Ronaldo Guedes, ceramista central do Marajó; o encontro entre a artista e ativista indígena Djuena Tikuna e Aíla, cantora e compositora de Belém, com visuais criados por Roberta Carvalho, em uma conexão Amazonas-Pará.
O Amazônia Mapping tem patrocínio master do Instituto Cultural Vale via Lei de Incentivo à Cultura, apoio do Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus, Secretaria de Cultura do Pará, Fundação Cultural de Belém e Prefeitura de Belém. Idealização e produção da 11:11 ARTE, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
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