Exonerações foram ‘a pedido’ e estão publicadas no Diário Oficial do estado do dia 28 de agosto. Os dois estão entre os investigados pela operação Máximus, da Polícia Federal. Renato Jayme da Silva (à esquerda) e Robson Moura Figueiredo (à direita)
Divulgação/montagem g1
Os presidentes do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Renato Jayme da Silva, e do Instituto de Terras do Estado do Tocantins (Itertins), Robson Moura Figueiredo, foram exonerados pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Os dois foram citados na operação Maximus da Polícia Federal, que investiga a venda de sentenças no judiciário do Tocantins.
O g1 não conseguiu contato com a Robson Moura e Renato Jayme até a publicação desta reportagem.
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Conforme a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a operação Máximus, no dia 23 de agosto, Robson é citado por supostamente ser o intermediador da compra da liberdade provisória de Bruno Teixeira da Cunha, condenado pelo assassinato do empresário Elvisley Costa de Lima. Já Renato Jayme estaria envolvido em supostas negociações fundiárias.
As exonerações foram ‘a pedido’ e foram publicadas no Diário Oficial do estado do dia 28 de agosto. Segundo o documento, a procuradora-geral do estado, Irana de Sousa Coêlho Aguiar, deve responder interinamente pelo Itertins. Já o Naturatins ficará sob a responsabilidade do diretor de proteção e qualidade ambiental do instituto, Edvan de Jesus Silva.
Nesta semana, o governador Wanderlei Barbosa também exonerou ‘a pedido’ o procurador-geral e o superintendente o Procon Tocantins. Eles também foram citados na Operação Máximus.
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Operação Maximus
A operação Máximus investiga o suposto esquema de venda de sentenças dentro do Poder Judiciário. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e do juiz José Maria Lima, ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A decisão que autorizou a operação aponta Helvécio como principal vínculo entre os investigados no esquema. A investigação apura os crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Tocantins e em outros estados, inclusive no Fórum de Palmas e na sede do Tribunal de Justiça.
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