Caso aconteceu em Moju. Suspeitos atiraram contra casa de candidato em suposta retaliação por ele se recusar a pagar valores para fazer campanha na área urbana da cidade. Suspeito de atentado contra candidato a vereador é preso em Moju
Divulgação
Um homem suspeito de envolvimento em um atentado contra um candidato a vereador no município de Moju, nordeste paraense, foi preso nesta quarta-feira (18), pela Polícia Civil. O investigado, segundo a polícia, faz parte de um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas e que estaria cometendo crimes de extorsão contra empresários e candidatos a cargos políticos na região.
A prisão ocorreu durante a operação ‘Campanha Livre’ que cumpriu também mandados de busca e apreensão no endereço do suspeito, na área urbana da cidade.
Segundo o delegado Mhoab Khayan, superintendente da Polícia Civil na Região do Baixo Tocantins, a investigação começou no feriado de 7 de setembro, após dois homens terem efetuados disparos de arma de fogo contra a casa do candidato a vereador Francisco de Assis Moreira Pamplona Júnior (PP).
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Testemunhas disseram que os suspeitos estavam numa motocicleta. No imóvel estavam a filha do candidato e a babá. Ninguém ficou ferido.
Pamplona Júnior participava de um comício e foi avisado por vizinhos sobre o atentado. O g1 entrou em contato com o candidato, mas ainda não teve resposta.
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A Polícia Civil apurou que o atentado está relacionado a uma tentativa de extorsão cometido por membros do Comando Vermelho no Pará, que cobravam valores de Pamplona Júnior para que ele possa fazer campanha na cidade.
O não pagamento acarretou em retaliações e ameaças por meio do atentado.
Um dos envolvidos na ação criminosa foi identificado como Anderson Moisés Gonçalves Cohen, contra quem a Justiça determinou a prisão preventiva. O g1 tenta contato com a defesa dele.
O celular dele foi apreendido e será periciado. A Polícia Civil investiga ainda outros suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso e com os crimes de extorsão na região.
No início deste mês, a Polícia Civil prendeu um grupo suspeito de atentado contra um candidato a vereador no município de Barcarena, Região Metropolitana de Belém.
Os investigados também são ligados ao Comando Vermelho no Pará e cobram “mensalidades” de candidatos ao cargo de vereador. Um dos candidatos também teve a casa alvejada por tiros, em retaliação ao não pagamento de valores.
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