15 de janeiro de 2025

PRF apreende volume recorde de drogas no Rio Grande do Sul desde o início da enchente

Do dia 1º de maio a 9 de junho, as apreensões da Polícia Rodoviária no estado triplicaram. Foram retiradas de circulação mais de 7 toneladas de drogas. Algumas estavam em cargas disfarçadas de doações para vítimas das enchentes. Desde as enchentes, a PRF triplicou o volume de drogas apreendidas no RS
A Polícia Rodoviária Federal apreendeu volume recorde de drogas no Rio Grande do Sul desde o início da enchente.
Embaixo das garrafas d’água, um fundo falso com quatro toneladas de maconha. A Polícia Rodoviária abordou o caminhão em Santa Catarina. Ele tinha saído do Paraná em direção ao Rio Grande do Sul.
Na mesma semana, outra carreta do Paraná escondia 52 kg de cocaína e 1 kg de crack no pneu estepe. Um casal se ofereceu para levar a doação arrecada no estado e aproveitou para incluir a droga na carga. Os dois estão presos.
Do dia 1º de maio a 9 de junho, a polícia apreendeu mais de 7 toneladas de drogas apenas no Rio Grande do Sul – o triplo do mesmo período de 2023.
“A gente já estava monitorando que muitos traficantes iriam perder seus estoques com as enchentes e, assim que fosse possibilitado que a água baixasse, eles iam tentar restabelecer a sua cadeia de logística. Então, a gente já monitorou. Como o estado aqui teve essa calamidade, eles iam trazer de fora”, conta Laudson Viegas, chefe de Comunicação Social da PRF/RS.
Em tanques que deveriam levar óleo vegetal de Cuiabá para Porto Alegre, agentes encontraram 5 toneladas de maconha. O motorista e a passageira acabaram presos em flagrante.
O maior volume de maconha apreendido em 2024 – 26 toneladas – estava em uma carga de milho. A carreta saiu de Aral Moreira, em Mato Grosso do Sul, em direção a Lajeado, no Vale do Taquari. A apreensão ocorreu em Iguatemi.
A Polícia Rodoviária intensificou também a fiscalização aérea. A troca constante de informações com as equipes distribuídas pela rodovia tem ajudado a identificar cargas suspeitas e também a interceptar esses carregamentos.
“Eles imaginavam que a gente estava focado só na parte de salvamentos, e escoltar donativos, sem essa fiscalização de combate ao crime. Mas a gente reforçou nosso efetivo tanto com a parte de salvamentos e também na fiscalização e combate ao crime”, afirma Laudson Viegas.

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