22 de setembro de 2024

‘Primeiro lambe, depois come’: creperia no interior de SP inova com crepes em formato de pênis e vulva

Opções doces como a ‘pika e pepeka de ouro’ surpreendem e divertem os clientes do comércio em São José do Rio Preto (SP), aberto há dois meses. Crepes em formato erótico são novidade em São José do Rio Preto (SP)
Desirèe Assis/g1
Afinal, o que sexo tem a ver com comida? No universo da gastronomia, a criatividade não conhece limites. Entre as tendências que conquistaram os paladares dos moradores de São José do Rio Preto (SP), uma se destaca não só pelo sabor, mas pela abordagem ousada: o crepe em formato de órgão genitais.
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A exemplo de Lisboa, em Portugal, os crepes em formato de pênis e vulva são oferecidos em um empreendimento de Rio Preto que “abriu as portas” há dois meses, e brinca com os nomes dos sabores no cardápio para estimular a imaginação.
Janaína Figueiro de Almeida, proprietária da creperia em Rio Preto (SP)
Desirèe Assis/g1
No entanto, essa tendência não é apenas sobre provação visual. Ao g1, a proprietária e bacharel em contabilidade, Janaína Figueiro de Almeida Macedo, de 34 anos, contou que a apresentação da comida pode elevar a experiência gastronômica como um todo.
Tanto que, na creperia, a decoração, a iluminação e até mesmo a apresentação dos pratos são cuidadosamente planejadas para criar um clima de romance, conforto e sedução.
Proprietária da creperia, Janaína Figueiro de Almeida desenvolveu receita própria em Rio Preto (SP)
Desirèe Assis/g1
A abordagem dos crepes com formatos de órgãos genitais foi pensada por ela com o intuito de adicionar um elemento de diversão, com uma pitada de provocação, e descontração na refeição, de modo a se tornar memorável.
No geral, Janaína confirma que a ideia foi bem recebida pelo público de Rio Preto, dada a quantidade de clientes, especialmente mais jovens e casais, que aparecem mensalmente para provar os crepes inusitados.
“Rio Preto tem campo para isso, comporta a nossa loja, por ser novo e diferente. Mas, é conservadora, em comparação às capitais, por isso, eu pensei ‘arrisco ou não?’, mas, eu decidi arriscar. O medo existe, mas valeu a pena. O público me surpreendeu”, comenta Janaína.
Videomaker Gabriel Bochio e a educadora Kellyta Maely Salu Bochio se divertem em creperia em Rio Preto (SP)
Desirèe Assis/g1
Entre os casais que frequentaram a creperia, estão o videomaker Gabriel Bochio e a educadora Kellyta Maely Salu Bochio, de 27 e 28 anos, respectivamente. À reportagem, eles comentaram que conheceram a creperia por indicação e ficaram curiosos para provar.
Kellyta, no entanto, não sabia que o marido a levaria de surpresa até o local para celebração dos três anos de união. A ideia, conforme conta Gabriel, surgiu a princípio como uma “aventura”, inicialmente intimidante, e com o intuito de tirar sorrisos da companheira.
“Estava com vergonha no começo, mas além de legal, o produto é bom. Eu sou aberta, o que não impede a gente de conhecer coisas novas. A Janaína e o marido explicaram tudo e deixaram a gente confortável para fazer o pedido”, salienta Kellyta.
‘Primeiro lambe, depois come’
Crepe de ‘pika de ouro’ é um sucesso na creperia em Rio Preto (SP)
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Longe das apresentações tradicionais, com o lema “primeiro lambe, depois come”, o prato desafia os clientes a explorarem novas formas de apreciar a comida. O cardápio é composto por diversos crepes doces ou salgados, feitos com a receita da massa criada por Janaína.
Os carros-chefes, apelidados com nomes sugestivos como “pika e pepeka consolo”, são cobertos com chocolate ao leite e chocolate branco. O mais surpreendente, no entanto, é a “pika e pepeka de ouro”, coberta com chocolate branco e pó de decoração comestível. O preço varia entre R$ 25 e R$ 32.
Crepes em formato erótico são vendidos em Rio Preto (SP)
Desirèe Assis/g1
Com planos de expandir o negócio, Janaína pensa em investir em novos formatos de brincar com a apresentação da comida, sendo todas no segmento erótico, e com o imaginário dos clientes.
Apesar de receber críticas, já que essa tendência possa parecer excêntrica para alguns, Janaína comenta que ela reflete uma verdade fundamental sobre a natureza da gastronomia: não apenas como necessidade básica, mas também como forma de expressão e quebra de tabus.
“O desafio é passar para as pessoas que não é nada demais, que isso deveria ser natural. Queremos quebrar esse tabu, é um alimento divertido, mas não deixa de ser comida. Quero cada dia desmistificar essa ideia de sexo”, finaliza a empreendedora.
Crepe ‘pika de ouro’ vendido em creperia de Rio Preto (SP)
Desirèe Assis/g1
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