Manuela de Agostino quer seguir sonho na área da meliponicultura. Paixão por abelhas começou após enxame no escapamento do carro da família. Menina de 11 anos estuda e ensina outras crianças sobre mundo das abelhas sem ferrão
Uma menina de 11 anos, moradora de Ribeirão Preto (SP), virou referência na preservação de abelhas sem ferrão. Manuela Sussuno de Agostino começou a se interessar pelo tema aos oito anos e, desde então, dedica-se a estudar as espécies e a dar palestras em escolas, incentivando outras crianças a preservarem o meio ambiente (assista ao vídeo acima).
Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp
À EPTV, afiliada da TV Globo, Manuela revelou sua grande paixão pelas abelhas. Embora ainda muito nova, ela já se dedica à preservação das espécies e realiza palestras em escolas para incentivar outras crianças a se engajarem na causa.
Manuela mantém em casa diversas colmeias com espécies raras e comuns, e compartilha seu amor por elas com todos que a cercam.
“Essa é a Iraí, essa é a Mirim Droryana, a Marmelada, a Mirim-Preguiça”, detalha.
A paixão pela meliponicultura começou quando Manuela tinha apenas oito anos, após um enxame de abelhas jataí decidir fazer morada no escapamento do carro da família.
“Depois que eu fui me aprofundando, eu falei: ‘nossa, isso é muito legal’. Depois, eu falei: ‘isso é o que eu quero mesmo, é uma coisa que eu gostei'”, contou a menina.
Desde então, ela tem estudado e se dedicado ao mundo das abelhas, incluindo participações em cursos oferecidos por universidades, como a USP.
Manuela Sussuno de Agostino, de Ribeirão Preto (SP), é apaixonada por abelhas sem ferrão e criou moradia para elas em sua casa.
Foto: Reprodução/EPTV
Inspiração para outras gerações
Manuela não é apenas apaixonada pelo tema, mas também já é uma referência para outras crianças.
“Quando você gosta mesmo, você faz muito. Eu pegava livro lá da biblioteca da escola, eu via uns cursos que tinha lá da USP e outros lugares, eu ficava o dia inteiro só estudando”, explicou ela sobre como se dedica ao aprendizado sobre as abelhas.
Manuela Sussuno de Agostino, de Ribeirão Preto (SP), se dividia entre livros, cursos da USP e passava o dia todo estudando.
Foto: Reprodução/EPTV
Ela teve a oportunidade de conhecer Douglas Mateus de Souza, meliponicultor, no Parque dos Lagos. A visita foi uma verdadeira surpresa para ela, que se encantou ao ver as colmeias e aprender mais sobre o trabalho de quem cultiva abelhas sem ferrão.
Douglas, que também é apicultor, vê com entusiasmo a curiosidade de Manuela e destaca a importância de espalhar o conhecimento sobre as abelhas sem ferrão.
“A gente precisa difundir mais, falar mais das abelhas sem ferrão, levar as abelhas sem ferrão pra todo Brasil. Quando a gente faz isso, a gente vai criar novas pessoas, novos defensores das abelhas sem ferrão que vão evitar de passar um veneno, que vão evitar de matar as abelhas, que vão ter mais conhecimento”, afirmou, ressaltando que muitas pessoas confundem essas abelhas com as comuns, mas elas são dóceis e benéficas.
Abelhas sem ferrão fazem moradia na casa de Manuela Sussuno de Agostino, de 11 anos, em Ribeirão Preto (SP).
Foto: Reprodução/EPTV
Apoio da família
A família de Manuela tem sido fundamental no desenvolvimento da menina. O pai, Wesley Ricardo de Agostino, biólogo, fala sobre a importância de incentivar a curiosidade da filha.
“A gente tenta estimular a curiosidade que é natural da criança. É a gente alimentar essa curiosidade dela e mostrar que a ciência, a biologia, ela é divertida por si só. Então o meu papel enquanto biológo e enquanto pai, é poder mostrar isso pra ela, mas de forma natural né. Que ela possa se interessar por isso de forma natural, de forma tranquila.”
A mãe, Carolina de Agostino, professora, também se orgulha da curiosidade da filha.
“Ela inspira muito outras crianças, é incrível ver como é mais fácil, as crianças se enxergam em outras. No intuito de estudar, de preservar. Então das vezes que eu vejo ela como criança dando palestra, falando, chama bastante atenção. E é o futuro dela mesmo”, contou Carolina, destacando o impacto positivo de Manuela nas escolas e como ela se tornou um exemplo para seus colegas.
Menina de 11 anos de Ribeirão Preto (SP) cuida de colmeia de abelhas sem ferrão
Foto: Reprodução/EPTV
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região