21 de fevereiro de 2025

Produtos vencidos são apreendidos em empresa que distribuía alimentos para escolas de MS


Empresa foi interditada. Investigação descobriu a existência de uma organização criminosa, que fraudava licitações com a ajuda de servidores públicos; contratos ultrapassavam os R$ 10 milhões. Câmara fria do estabelecimento continha alimentos impróprios para consumo
Divulgação/MPMS
Uma empresa que fornecia alimentos para escolas da rede municipal do interior do Mato Grosso do Sul foi interditada pela Vigilância Sanitária, na terça-feira (18), em uma operação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), realizada em Campo Grande (MS).
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Durante a vistoria na empresa foram encontrados alimentos vencidos, impróprios para o consumo. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos.
A Vigilância Sanitária autuou a empresa e determinou sua interdição. Também houve a apreensão de R$ 9 mil com um dos alvos das medidas judiciais.
A investigação
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) descobriu a existência de uma organização criminosa, voltada à prática de crimes contra a Administração Pública, nas cidades de Água Clara (MS) e Rochedo (MS).
De acordo com as investigações, o grupo fraudava licitações públicas com a ajuda de servidores públicos, que direcionavam os certames para beneficiar empresas que participavam do esquema. Os contratos fraudulentos ultrapassam os R$ 10 milhões.
O esquema criminoso envolvia também o pagamento de propina aos agentes públicos, que atestavam falsamente o recebimento de produtos e serviços. Eles também aceleravam os trâmites administrativos necessários aos pagamentos de notas fiscais dos contratos firmados entre os empresários e o poder público.
A operação teve o apoio operacional do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), ambos da Polícia Militar. O nome “Malebolge” faz referência à obra “Divina Comédia” de Dante Alighieri, na qual os fraudadores e corruptos são punidos no inferno.
Além dos alimentos, também foram apreendidos R$ 9 mil com um dos alvos das medidas judiciais.
Divulgação/MPMS
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