9 de janeiro de 2025

Professora que morreu em acidente na BR-267 tinha se casado há um ano e meio: ‘Alegre, religiosa e apaixonada pela vida acadêmica’, diz marido

Drielly Cunha foi uma das vítimas da batida entre dois carros em Juiz de Fora. Docente dava aula de História para alunos do Distrito de Valadares e também era catequista. Drielly Cunha, tinha 26 anos e foi uma das três vítimas do acidente
Arquivo Pessoal/Divulgação
“Era uma pessoa muito amada por todos, tinha um coração muito puro e forte”. É assim que Mário Jorge Mendes descreve a esposa Drielly Cunha, de 26 anos, uma das vítimas do acidente que matou três professores na noite da terça-feira (19), em Juiz de Fora.
Ela voltava junto com outros quatro colegas do Distrito de Valadares, após dar aulas na Escola Estadual Maria Ilydia Resende Andrade. A tragédia aconteceu no km 126 da BR-267, perto de Igrejinha.
O corpo da professora foi sepultado na tarde da quarta-feira (20), no Cemitério Parque da Saudade.
Corpo da professora Drielly Cunha foi sepultado no Cemitério Parque da Saudade, em Juiz de Fora
Marcus Pena/TV Integração
‘Nossa união era muito intensa’
Drielly começou a trabalhar na instituição em fevereiro deste ano e ia duas vezes por semana no turno da noite para dar aula de história.
O g1 conversou com o marido dela, que a descreveu como uma pessoa alegre, religiosa e apaixonada pela vida acadêmica. “Nossa união era muito intensa. Estávamos felizes com nossa rotina”.
Drielly Cunha e Mário Jorge
Arquivo Pessoal
Drielly era formada em história pela Universidade Federal de Juiz de Fora, com especialização em Patrimônio Histórico, e estava cursando o 4⁰ período da faculdade de pedagogia.
Cheio de planos para o futuro, o casal já estava tentando aumentar a família. No final do ano passado perderam um bebê com 12 semanas de gestação.
🔔 Receba no WhatsApp notícias da Zona da Mata e região
Vida religiosa
Drielly também atuava como catequista na Paróquia de Santa Rita, no Bairro Bonfim. “Ela é uma mulher muito religiosa e sempre buscou se aproximar de Deus”, disse o marido dela.
Amigo de infância dela, o jornalista Eliton Souza também recorda-se com carinho da professora.
“Conheci a Drielly na igreja, há 15 anos. Éramos coroinhas na Paroquia Santa Rita. Desde aquela época ela já me ensinava muito e sequer pensávamos que um dia ela seria professora, mesmo já sendo. A gente cresceu junto, de um ir na casa do outro”, contou.
“Era uma pessoa sempre disponível, com paciência para fazer com as outras pessoas compreendessem o que ela acreditava. Quem a conheceu, com certeza aprendeu algo da Drielly, que pra mim, sempre será Drikinha”, completou.
Museu emite nota de pesar
Nas redes sociais, o Museu Mariano Procópio postou nota de pesar pelo falecimento da jovem.
“Uma das vítimas, Drielly, fez parte durante dois anos do Laboratório de História da Arte da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Um dos projetos dela foi a identificação do quadro “Nu Masculino”, do Museu Mariano Procópio, e que hoje, devido a pesquisa, foi possível identificar que um dos autores da obra é Eliseu Visconti”, diz o texto.
Quem eram os professores que morreram em acidente enquanto voltavam do trabalho na BR-267, em Juiz de Fora
MAIS SOBRE O ACIDENTE:
Quem eram os professores que morreram em acidente enquanto voltavam do trabalho em Juiz de Fora
Três professores morrem em acidente enquanto voltavam do trabalho na BR-267
Professores que morreram em acidente na BR-267 são sepultados em Juiz de Fora
📲 Siga o g1 Zona da Mata: Instagram, Facebook e Twitter
📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Zona da Mata
VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Mais Notícias