27 de dezembro de 2024

Professores da UFSCar Sorocaba retomam aulas após 56 dias de greve

172 professores integrantes da ADUFSCar retomaram as aulas no campus da universidade em Sorocaba (SP), nesta segunda-feira (1°). Movimento estudantil segue em greve, sem previsão de retorno. Campus da UFSCar em Sorocaba (SP)
Google Street View/Reprodução
Os professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) retomaram, nesta segunda-feira (1°), as aulas todos os campi, após 56 dias de greve. O retorno às atividades foi decidido durante assembleia na última terça (25).
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No campus de Sorocaba (SP), 185 docentes de 14 cursos superiores e 10 programas de pós-graduação voltaram às salas de aula. Aproximadamente 3 mil alunos foram impactados pela greve.
Apesar do retorno, o movimento estudantil optou por continuar a greve em todos os campi, localizados em São Carlos, Araras e Buri (SP), além de Sorocaba. Nesta semana, uma nova reunião será feita com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para decidir o futuro da paralisação.
A greve foi decretada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), no dia 23 de abril, com início marcado para 6 de maio. Entre os objetivos, estavam o avanço sobre pontos cruciais, como a isonomia entre docentes da carteira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e do Magistério Superior, em relação ao controle de frequência e a carga horária de ensino.
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Amanda Rocha/g1
Além disso, o governo prometeu suspender recursos judiciais contra as decisões que conferiram o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para aposentadas e aposentados que não recebiam o benefício, incluir entidades no Conselho que trata do RSC e estabelecer regras padronizadas para progressão e promoção.
Quanto à pauta salarial, a reivindicação de reajuste em 2024 não foi atendida, assim como a defesa do reajuste linear conforme os índices da contraproposta protocolada em 27 de maio.
Na avaliação do Andes, apesar de nem todas as reivindicações terem sido atendidas, houve avanço na elevação dos valores de reajuste incorporados pelo governo: o reajuste linear oferecido até 2026 passou de 9,2% para 12,8%; o reajuste dos steps passou de 4% para 5% até 2026 e o valor salarial para ingressantes na carreira docente também foi elevado.
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ADUFSCar/Divulgação
Em nota, a ADUFSCar informa que o fim da greve foi aprovado pelos docentes com um resultado positivo diante todo o processo. De modo geral, houve benefícios nas pautas não-orçamentárias da categoria, além de avanços no reajuste salarial e na aposentadoria.
Ainda conforme a nota, a associação afirma que a paralização das aulas possibilitou a ampliação da mobilização da categoria, propiciando debates sobre questões essenciais, como o salário, a carreira e o desrespeito aos profissionais aposentados. Foi reiterada a compreensão da comunidade sobre a disputa de projetos da sociedade e fundos públicos.
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