Organizada pelo 9º Centro Regional de Saúde, capacitação reuniu enfermeiros e técnicos em enfermagem das Unidades Básicas, e profissionais da Rede de Atenção Primária. A amostra de sangue deve ser colhida entre o 3º e 5º dia após o nascimento
José Pantoja / Ascom Sespa
O 9º Centro Regional de Saúde (CRS) da Sespa, com sede em Santarém, no Oeste do Pará, realizou em ambiente virtual no fim da semana passada, a 1ª Oficina de Teste do Pezinho do Baixo Amazonas e Tapajós, para enfermeiros e técnicos em enfermagem, que atuam diretamente nas salas de coleta das Unidades Básicas de Saúde, e profissionais de saúde da Rede de Atenção Primária.
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Organizada pela Divisão Técnica do 9º CRS, a oficina capacitou os profissionais para o bom funcionamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), mais conhecido como “teste do pezinho”.
A oficina foi ministrada pela enfermeira Nayara da Cunha Matias, referência técnica territorial da IFF/Fiocruz no Pará (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira/Fundação Oswaldo Cruz), e pela biomédica Rosilena Mesquita, coordenadora do Laboratório de Triagem Neonatal, vinculado ao Laboratório Central do Estado (Lacen).
Melhores práticas
Segundo a diretora técnica do 9º CRS, Irlana de Souza, o 9º Centro Regional da Sespa está trabalhando pela eficiência do PNTN em todos os municípios das regiões de Integração Baixo Amazonas e Tapajós, no oeste e sudoeste do Estado. “Nosso objetivo é melhorar as práticas na coleta, armazenamento, transporte e fluxos de tratamento das crianças diagnosticadas com alguma das doenças que podem ser detectadas pela triagem neonatal”, informou Irlana de Souza.
Ela ressaltou que uma das metas é a coleta feita entre o 3º e 5º dia após o nascimento, para garantir uma amostra de sangue ideal para as análises a serem feitas no Lacen. “Queremos que todos os recém-nascidos tenham acesso ao teste do pezinho em tempo hábil porque é fundamental para o diagnóstico de doenças graves, que quando detectadas no início podem ser tratadas e proporcionar melhor desenvolvimento e qualidade de vida às crianças. Nosso foco está na prevenção, intervenção precoce e no acompanhamento permanente das crianças diagnosticadas com alguma dessas doenças”.
A 1ª Oficina de Teste do Pezinho do Baixo Amazonas e Tapajós contou com a participação de 85 profissionais, de 16 municípios, e foi considerada um sucesso pela organização.
“A capacitação foi bastante efetiva, pois conseguimos alcançar profissionais com uma metodologia bem didática, objetiva, clara, e o formato on-line foi muito importante para conseguirmos essa adesão”, avaliou Irlana de Souza.
O Pará passou a cumprir totalmente a primeira etapa do PNTN, que inclui a detecção das seguintes doenças: fenilcetonúria (que afeta o fígado) e outras hiperfenilalaminemias, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias (doenças decorrentes de alteração na produção da hemoglobina), fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.
A próxima oficina está marcada para os dias 11, 12 e 13 de setembro, com participação de profissionais de quatro municípios.
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