Músicos apresentam os instrumentos e servem de inspiração para crianças e jovens. Projeto existe há 18 anos e as sessões são exclusivas para alunos do ensino fundamental e médio. Orquestra Sinfônica de Sorocaba realiza concertos voltados para crianças e jovens
Há 75 anos, a Orquestra Sinfônica de Sorocaba (SP) recebe grandes concertos de maestros nacionais e internacionais, que atraem fãs de música clássica de toda a região. Desta vez, o público da plateia foi diferente. Com o projeto “Conheça a Orquestra”, crianças e adolescentes do ensino fundamental e médio tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho do local pela primeira vez.
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A ansiedade era tanta que até a cadeira da sala de espera virou diversão para a criançada. A “viagem musical” foi guiada pelo maestro, que mostrou detalhes dos instrumentos de cada naipe, nome utilizado para se referir ao grupo de instrumentos da mesma família.
Orquestra existe há 75 anos em Sorocaba
Reprodução/TV TEM
Entre os instrumentos apresentados, estavam o violino, violoncelo e contrabaixo representando as cordas. Já para as madeiras, o oboé e a flauta transversal animaram o público. Nos metais, a corneta chegou e transformou as crianças em soldados.
Na família da percussão, os pequenos viram o bumbo, o prato sinfônico, a bateria e o tímpano, que possui notas musicais definidas. Por fim, eles viram a magia acontecer quando todos os músicos subiram ao palco.
O projeto, que existe há cerca de 18 anos, promove oito sessões por ano, voltadas exclusivamente para alunos do ensino fundamental e médio. A apresentação pode ser uma oportunidade para conhecer e entender a importância de cada músico em uma orquestra.
Projeto é organizado pela orquestra há cerca de 18 anos
Reprodução/TV TEM
A experiência durou uma hora, mas para Davi Minatel, de apenas 9 anos, poderia durar para sempre. Sua primeira visita pode ser descrita como marcante.
“Foi muito, mas muito legal. Nunca tinha ido à uma orquestra, então, achei super magnífico. Quero falar aos meus parentes para voltarmos aqui. Eu amei a parte dos graves, não que os agudos não sejam legais, mas os graves são um dos meus momentos favoritos de todos”, celebra.
Para quem já se aventura em algum instrumento, passou a fazer planos. Maria Júlia Arduini, de 13 anos, se matriculou em uma escola de música de Votorantim (SP) e pretende tocar em uma orquestra no futuro.
Maria Júlia é matriculada em uma escola de música de Votorantim (SP)
Reprodução/TV TEM
“Eu comecei tocando flauta doce, sempre gostei. Depois, vi a flauta transversal e achei que seria muito interessante tocar. Pedi à minha mãe para ser matriculada em uma escola de música e quero tocar em uma orquestra futuramente”, revela.
Para Vlamir Ramos Júnior, maestro e coordenador do projeto, trazer as crianças para um ambiente musical é importante para ter um contato com a cultura de uma maneira única. As apresentações podem inspirar jovens a seguirem carreira no meio.
“O projeto é totalmente sensorial, onde os músicos expõem seus instrumentos e mostrando suas características. É uma semente que plantamos em cada uma das crianças, podendo trazer o desejo e, em um futuro próximo, poder participar de nossa orquestra”, finaliza.
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