10 de outubro de 2024

Projeto do Observatório de Favelas, no Rio, é um dos 100 beneficiados pelo Criança Esperança em 2024

A ideia do projeto HipertTexto é impulsionar jovens; ampliar a visão que eles têm do próprio futuro, mas também transformá-los em multiplicadores do conhecimento. Show do Criança Esperança tem muita música e artistas
O Criança Esperança de 2024 vai beneficiar 100 projetos de todo o Brasil. Um deles é do Observatório de Favelas, no Rio de Janeiro.
“Ampliar a leitura não apenas da leitura no sentido da literatura, mas também da leitura de mundo”, diz Izah Santos, coordenadora pedagógica do projeto HipertTexto.
Um ambiente que estimula a leitura e a reflexão. Esses jovens são estudantes de escolas públicas de ensino médio e participam do HipertTexto, uma iniciativa do Observatório de Favelas, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro. O projeto tem o apoio do Criança Esperança. Os adolescentes recebem uma bolsa para participar do curso, que tem duração de seis meses.
“A gente consegue transformar assuntos complexos, conceitos, enfim, em algo simples: questões étnico-raciais, questões da globalização, questões de gênero, desenvolvimento sustentável e práticas de bem viver”, afirma Izah Santos.
Projeto do Observatório de Favelas, no Rio, é um dos 100 beneficiados pelo Criança Esperança em 2024
Reprodução/TV Globo
Além da Maré, os encontros acontecem na Penha, também na Zona Norte.
“Pessoas, crias, assim, faveladas e pretas, que precisam estar também nesse lugar de discussão, sabe?”, diz Fernanda Luiza Viana, de 16 anos.
A ideia é impulsionar esses jovens. Ampliar a visão que têm do próprio futuro, e ainda transformá-los em multiplicadores do conhecimento.
“Um projeto de jovens multiplicadores críticos”, afirma Moisés Vuvu José, de 17 anos.
“Eu não tive uma base para entender sobre racismo. Minha mãe falava, mas não era algo profundo, sabe? Só entendia que racismo é algo ruim, mas não entendia sobre. Aqui, a gente tem uma base, um apoio, mas eles fazem a gente ter essa curiosidade”, conta Beatriz Cruz, de16 anos.
“A gente aprende coisas novas. A gente aprende fés novas, religiões novas, modos de pensar novos, vivências novas”, afirma Maria Eduarda Cunha, de 15 anos.
“A gente entende que a multiplicação acontece não só em grandes eventos ou em grandes atos, mas no nosso cotidiano, dentro da nossa casa, com a nossa família, dentro da nossa sala de aula, com nossos colegas, nossos professores”, afirma Izah Santos, coordenadora pedagógica do projeto HipertTexto.
O Moisés Vuvu José, de 17 anos, é prova de que cada aprendizado pode levar a grandes transformações.
“Uma palavra nova: estereótipos. O que são estereótipos de homem negro? É um homem frio, violento, que não pode demonstrar sentimentos. Uma coisa que eu não sabia demonstrar. Este ano, te juro, foi a primeira vez que eu falei ‘eu te amo’ para o meu pai. Foi tão diferente, tão, sei lá, libertador”, conta.
Até o dia 14 de outubro, você pode fazer a sua doação por telefone:
0500 2024 007 para doar R$ 7;
0500 2024 020 para doar R$ 20;
0500 2024 040 para doar R$ 40.
Durante o ano todo, você pode doar qualquer valor pela chave PIX: esperança@unesco.org. No site do Criança Esperança, você também pode doar pelo ano inteiro, qualquer valor a partir de um real.
Criança Esperança: dê esperança a uma criança.
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