As participantes não se tornam apenas empresárias, mas agentes de transformação em suas comunidades. Mulheres empreendedoras contam com uma plataforma para explorar e desenvolver suas habilidades empreendedoras em oficinas
IJUS / Divulgação
Um grupo de mulheres empreendedoras de Juruti, no Oeste do Pará, está iniciando um novo ciclo em suas vidas por meio do projeto Dona’s, que já está na sua terceira edição integrado ao Projeto Ingá (Indicadores de Sustentabilidade e Gestão na Amazônia). Com o apoio do projeto, elas contam com uma plataforma para explorar e desenvolver suas habilidades empreendedoras em oficinas que têm previsão de finalizar em junho deste ano.
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O projeto Dona’s não apenas proporciona conhecimento prático e teórico sobre empreendedorismo, mas também carrega consigo um poder transformador que transcende o aspecto meramente econômico. Assim, as participantes não se tornam apenas empresárias, mas agentes de transformação em suas comunidades, inspirando outras mulheres e fortalecendo o aspecto social local.
Para isso, o projeto proporciona um ambiente de acolhimento e aprendizados teóricos e práticos, conduzido por facilitadoras em diferentes temáticas.
Na temática Gestão de Negócios, elas desenvolvem uma visão holística de suas operações, enquanto na temática Gestão Financeira, têm acesso a ferramentas necessárias para uma administração financeira eficaz. Já em Gestão de Pessoas, aprendem como liderar equipes de forma eficiente, enquanto que em Marketing e Relacionamento com Clientes desenvolvem habilidades para atrair e manter uma base de clientes consolidada.
Habilidades empreendedoras são potencializadas por meio das oficinas
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“Com o projeto Dona’s, estou colocando em prática a parte de tratar melhor o cliente, como conversar, dar atenção e ouvir. A parte financeira, que antigamente eu não fazia, agora eu faço o controle de caixa. Meu sentimento de estar participando do projeto Dona’s é de alegria, satisfação em estar interagindo com outras empreendedoras”, contou Viviane dos Santos, participante do projeto.
Para Cenilsa Soares Lima, empreendedora da Comunidade Mariá, o Dona’s está possibilitando um grande aprendizado. “Estou colocando algumas técnicas no meu empreendimento, como feedback, atendendo o cliente melhor e com paciência”, resumiu.
A clientela do Projeto Dona’s consiste em mulheres a partir dos 18 anos de idade, que tenham exercido alguma atividade empreendedora há no mínimo seis meses, seja empreendimento formal ou informal, além de renda familiar de no máximo um salário mínimo por membro da família, ter acesso à internet e ao aplicativo WhatsApp, residir nas comunidades da zona urbana de Juruti e em comunidades polos.
Em síntese, o programa de formação consiste em: treinar e capacitar as participantes sobre temas de gestão administrativa e financeira, marketing, vendas, pessoas, formalização e gênero; acompanhar e orientar remotamente as participantes na condução do seu negócio na busca por novas demandas e melhoria dos processos e acompanhar a renda e o faturamento dos empreendimentos.
Ideias de negócios são apresentadas pelas participantes das oficinas de formação
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Segundo Suelen Paullianne, coordenadora do Dona’s, em Juruti, o Projeto ampliou a sua atuação, chegando até a zona rural do município, contemplando, neste momento, 15 empreendedoras de diversos ramos, principalmente da agricultura.
“Fora isso, também temos a zona urbana e diversos ramos, como metalúrgica, artesanato, corte-costura, alimentação e belezaria. Eu, como ex-participante do Projeto Donas, da segunda edição, sinto-me muito orgulhosa de estar hoje em dia na terceira edição, por que a gente vê a evolução de cada empreendedora. Você vê aonde elas já estão aplicando seu aprendizado, seja na questão financeira, onde se faz o fluxo de caixa, seja no relacionamento. Quando você olha para uma mulher, você vê a sua evolução, você fica orgulhosa, você fica feliz, porque é uma mulher empoderada, uma mulher empreendedora, uma mulher que tem orgulho de si mesmo e do seu empreendimento”, avaliou.
O Dona’s é idealizado pelo Instituto Consulado da Mulher (ICM) e coordenação do Instituto Juruti Sustentável (IJUS). Sua primeira turma iniciou em novembro de 2020.
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