24 de outubro de 2024

Projeto que reconstruiu favela no interior de SP já tem 90% das casas ocupadas

A entrega dos imóveis foi feita em 2 de outubro. Ao todo, 239 casas foram construídas e vão abrigar 743 pessoas em São José do Rio Preto (SP). Antes das obras, somente 6% das famílias viviam em casas de alvenaria e apenas 12% tinham acesso à água encanada no local. Projeto que reconstruiu favela em Rio Preto (SP) já tem 90% das casas ocupadas após entrega
Thiago Vasconcelos/TV TEM
O projeto de reconstrução da Favela Marte em São José do Rio Preto (SP), que foi entregue no dia 27 de setembro, já tem 90% das casas ocupadas. Os imóveis foram liberados em 2 de outubro após a conclusão das obras. Nesta quinta-feira (24), empresários nacionalmente conhecidos visitaram o local.
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A previsão é que ao longo do mês de novembro o restante das famílias retornem ao local. Com isso, 746 pessoas vão poder morar com dignidade. As obras durante cerca de dois anos. Ao todo, mais de R$ 87 milhões foram investidos. A verba veio por meio de parceria entre os governos estadual, municipal e a iniciativa privada.
Nesta quinta-feira, em uma rápida reunião, o grupo pôde ver de perto as transformações feitas na comunidade. Os empresários Jorge Paulo Lemann e Guilherme Benchimol estavam entre os participantes.
A CEO da Nação Valquírias Amanda Oliveira reforçou a importância dos empresários que abraçaram a causa e ajudaram com doações.
“A gente presta conta para quem doa e os doadores estiveram, aqui, hoje, para ver que o investimento que eles fizeram, no pagamento do aluguel social, da energia elétrica, da água, do desenvolvimento social, das equipes que trabalharam em campo, para fazer esse sonho acontecer com o Governo do Estado, Governo do Município, se tornou real. Hoje foi um evento para mostrar que o investimento que eles fizeram foi com retorno garantido. Para nós é uma honra, porque se tem uma coisa que uma ONG séria gosta, é de prestar conta e conta para quem doa dinheiro.”
Evento realizado na Favela Marte para prestação de contas aos empresários que colaboraram com o projeto
Thiago Vasconcelos/TV TEM
Construção das casas
Com o início das construções, a Favela Marte foi denominada 3D – Digna, Digital e Desenvolvida. Antes do projeto, somente 6% das famílias viviam em casas de alvenaria e apenas 12% tinham acesso à água encanada.
Cerimônia de inauguração da Favela Marte de Rio Preto é realizada nesta sexta; projeto conta com 239 casas
TV TEM/Reprodução
O primeiro barraco foi demolido em junho de 2022. O contrato da ordem de serviço para o início da construção das casas foi assinado em novembro do mesmo ano. Desde então, foram vários meses até que os imóveis fossem finalizados com a infraestrutura necessária para garantir qualidade de vida aos futuros moradores.
O projeto pioneiro contou com oito tipos de plantas diferentes. Possui casas térreas e residências com lojas para as famílias que já tinham comércio funcionando na comunidade.
Favela Marte que teve R$ 58 milhões investidos
Gerando Falcões/Divulgação
Os imóveis foram construídos com base nas demandas da comunidade. Dezesseis foram adaptadas conforme a necessidade de cada uma das famílias. Todas possuem sistema de energia solar. O loteamento também recebeu melhorias na infraestrutura, como asfalto, saneamento básico e energia elétrica.
Grafite que fica na Favela Marte em Rio Preto (SP)
TV TEM/Reprodução
Embora a maior parte do valor da construção tenha sido subsidiada pelos órgãos públicos, os moradores terão que pagar um “aluguel” mensalmente pela aquisição dos imóveis.
Segundo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), o pagamento se inicia 30 dias após a assinatura dos contratos. O valor dos contratos é variável e não pode comprometer mais de 20% da renda familiar.
Emancipação social
O projeto de urbanização vai além da transformação estrutural da Favela Marte: também tem a missão de emancipar socialmente os moradores.
Projeto Favela Marte que foi realizado em Rio Preto (SP) e foi finalizado em 2024
Gerando Falcões/Divulgação
Desde que a iniciativa passou a ser desenvolvida, a renda per capita das famílias aumentou em 253%, passando de R$ 199 para R$ 505. Atualmente, 95,2% dos chefes de família estão trabalhando.
Na saúde, foi possível zerar o número de doenças ligadas à pobreza, tendo em vista que 100% das famílias passaram a ser acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Anteriormente, 47% das famílias se queixavam de doenças respiratórias, diarreias, entre outras.
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