17 de janeiro de 2025

Projeto social da medalhista olímpica Adriana Samuel incentiva crianças na prática de esportes e ensina cidadania

A ex-atleta, que conquistou prata em Atlanta e bronze em Sidney, é a coordenadora do projeto Sem Barreiras. Projeto da medalhista olímpica Adriana Samuel atende 400 crianças e adolescentes no Rio
A medalhista Adriana Samuel é a criadora e coordenadora do projeto Sem Barreiras, que leva o esporte para crianças de comunidades do Rio de Janeiro e funciona em dois polos da cidade. A ação atende 400 pessoas, com aulas de modalidades como vôlei, judô e atletismo.
“Muitas vezes o professor acredita mais nas crianças do que elas mesmas. Na vida delas, na escola, no ambiente em que vivem, ninguém as encoraja, ninguém investe. O esporte é um lugar onde isso é possível”, destacou Adriana.
Adriana Samuel, medalhista olímpica em Atlanta e Sidney
Reprodução/ TV Globo
Adriana foi medalhista de prata na Olimpíada de Atlanta, de 1996, e de bronze na Olimpíada de Sidney, em 2000. Ela se aposentou do vôlei de praia em 2001. Três anos depois, deu início ao sonho de construir seu próprio projeto, com uma escolinha nas areias de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Há seis anos, ela lançou o projeto Sem Barreiras, que incentiva os jovens à prática de esportes. Nem todos os alunos se transformarão em atletas profissionais, mas a importância da atividade física regular está acima disso.
“A gente trabalha o desenvolvimento humano. Eles vão carregar mais confiança para a vida deles, um sentimento de pertencimento, que é fundamental”, ressaltou Adriana.
O Sem Barreiras funciona em dois polos: no Clube do Servidor Municipal, na Cidade Nova, na região central do Rio, e no Complexo do Lins, na Zona Norte da capital fluminense. Alguns alunos seguiram carreira profissional.
“O propósito é tirar essa molecada da rua, da ociosidade. Transformar esses cidadãos em boas pessoas”, afirmou Walmyr.
A aluna Maria Eduarda Joaquim, a Duda, afirma que o projeto salvou a vida dela.
“No meu terceiro ano aqui eu desenvolvi um problema psicológico muito sério. Tinha vezes que eu nem queria vir treinar e o professor me deu a maior força. Isso aqui significa muito para mim. Foi o meu renascimento. Aqui adquiriu uma família”, disse Duda.
Estar estudando é pré-requisito para frequentar as aulas. De acordo com Walmyr, as notas não são cobradas. No entanto, é frequente que pais deem o retorno de que elas melhoraram e que os filhos estão mais disciplinados.
A vida de João Merley, que é autista, foi transformada pela prática de judô
Reprodução/ TV Globo
O professor Luís Feitosa, que dá aula de judô, confirma os bons resultados.
“Minha vida foi transformada e eu consigo transmitir a essência das artes marciais para os meus alunos”, destacou.
A vida de João Merley, que é autista, também foi transformada. Ele encontrou o equilíbrio por meio do judô e atualmente vive melhor.
“Eu arrancava muito os cabelos, ficava uma parte sem os cabelos. E, com o tempo no judô, fui adquirindo mais disciplina. Eu pude também controlar a minha raiva. Eu brigava com a minha mãe em casa e hoje estou mais calmo. Penso em me tornar um atleta e já ganhei várias medalhas, competi umas três vezes”, disse João.
Projeto social da medalhista olímpica Adriana Samuel ajuda crianças a gostar da prática do esporte e incentiva a cidadania
Reprodução/ TV Globo

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