Pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, tem uma grande capacidade de adaptação.
CDC
Pesquisa Quaest divulgada neste domingo (10) aponta que 26% dos entrevistados não pretendem tomar vacina contra a dengue no país. Por outro lado, 67% devem se vacinar, enquanto outros 5% ainda não decidiram.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em 120 municípios, e foi encomendado pela Genial Investimentos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ainda segundo o levantamento, 3% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
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A pesquisa ainda indica que, no recorte por região, o maior percentual das pessoas que não pretendem tomar vacina é do Sul, com 34% dos respondentes. Em seguida vêm as regiões Sudeste (26%), Centro-Oeste/Norte (24%) e Nordeste (23%).
No recorte por idade, as pessoas que possuem entre 35 e 59 anos respondem pelo maior percentual daqueles que não querem se vacinar contra a dengue, com 29% das respostas.
Já entre as pessoas que têm entre 16 e 34 anos, 24% afirmam que não pretendem se vacinar, enquanto entre aqueles que têm 60 anos ou mais, esse percentual é de 23%.
Em relação ao recorte por escolaridade, aqueles que possuem ensino médio completo ou incompleto respondem pelo maior percentual entre os que não devem tomar vacina contra a dengue, com 28% dos respondentes.
Em seguida vêm aqueles que possuem até o ensino fundamental (26%) e os que têm ensino superior incompleto ou mais (24%).
Já na comparação por renda familiar, aqueles com renda de mais de dois salários mínimos e até cinco salários mínimos respondem pelo maior percentual daqueles que não devem se vacinar, com 28% dos entrevistados.
Em sequência, vêm aqueles com renda de mais de cinco salários mínimos (27%) e os que ganham até dois salários mínimos (24%).
No recorte sobre a escolha de voto no 2º turno das eleições de 2022, os entrevistados que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro respondem pelo maior percentual entre os que não querem tomar vacina contra a dengue, com 40% dos respondentes.
Em seguida, vêm aqueles que votaram branco, nulo ou que não foram votar (25%) e os que votaram no atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (16%).
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Avaliação de governo no combate à dengue
A Quaest também perguntou como entrevistados avaliavam a atuação do governo no combate à disseminação da dengue.
Segundo o levantamento, 55% afirmaram acreditar que o governo está fazendo o possível para controlar a disseminação, enquanto 40% dizem que a atuação é insuficiente. Não souberam ou não responderam somam 5%.
A região Nordeste é a que mais acredita que o governo está fazendo o possível nesse quesito, com 67% dos respondentes. Em seguida vêm as regiões Centro-Oeste/Norte (53%), Sudeste (50%) e Sul (47%).
Já no recorte por idade para essa questão, aqueles que têm 60 anos ou mais respondem pelo maior percentual, com 67% dos entrevistados, seguidos por aqueles que têm entre 35 e 59 anos (53%) e, depois, por aqueles que possuem entre 16 e 34 anos (50%).
Em relação ao nível de escolaridade, o maior percentual das pessoas que acham que o governo está fazendo o possível para controlar a disseminação da dengue no país possui até o ensino fundamental (63%).
Em seguida vêm aqueles com ensino médio completo ou incompleto (51%) e aqueles com ensino superior incompleto ou mais (48%).
Responsabilidade no controle da disseminação
A Quaest também perguntou de quem os entrevistados acreditam ser a responsabilidade de controlar a disseminação da dengue no país.
Para 51% dos entrevistados, a responsabilidade é das prefeituras. Para 22%, é do governo federal e para outros 22%, a responsabilidade é de ambos os governo. Não souberam ou não responderam, somaram 5%.