Jorgeney Nunes de Araújo, de 29 anos, foi atingido após uma suposta discussão com o suspeito dos disparos. Jose Wesley Oliveira da Silva foi denunciado em 2021 e pronunciado a juri popular em outubro de 2023. Sem data para o julgamento, a família reclama de demora da Justiça. Jorgeney Nunes de Araújo, de 29 anos, foi morto ao ser atingido por disparos de arma de fogo, em uma quadra de esportes onde ocorria uma partida de futebol
Reprodução/Facebook
Mais de quatro anos após o jovem Jorgeney Nunes de Araújo, de 29 anos, morrer após ser atingido por disparos de arma de fogo, em uma quadra de esportes onde ocorria uma partida de futebol, no bairro Conjunto Esperança, em Rio Branco, a família dele ainda segue à espera de justiça.
Isto porque o suspeito, José Wesley Oliveira da Silva, foi denunciado em 2021 e pronunciado a júri popular em outubro de 2023, mas ainda não há data para o julgamento. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Silva.
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Segundo o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), a data ainda não foi determinada, mas o júri deste caso está previsto para o início de 2025.
Para a mãe de Jorgeney, Neuza Souza, a espera é dolorosa e afeta toda a família, já que o rapaz deixou dois filhos. Porém, ela confia que o caso terá a resposta desejada pela família.
“Esperei, estou esperando e sei que a justiça do homem é falha, mas a de Deus… mas, a gente precisa que seja feita justiça, porque o meu filho tinha vida, ele era um rapaz jovem, com sonhos, tinha dois filhos para ele cuidar, sustentar. Então, foi muito difícil, não só a perda dele, mas para os filhos também, que necessitavam dele, da ajuda dele. E eu, como mãe, custei muito a me erguer, conseguir me levantar, caminhar e tocar a vida para frente. É bem difícil, muito difícil mesmo, até hoje fica difícil para falar”, relata.
O que diz o TJ
A corte acreana informou que no dia 22 deste ano foi emitida uma decisão para que o caso seja incluído na pauta da próxima reunião do Tribunal do Júri.
O caso já está pronto para julgamento, segundo o TJ-AC, e a previsão é de que o júri ocorra no início de 2025.
Luta por uma punição
Para Neuza, a demora no caso fez com que o tempo parasse para ela. Ela trabalha na Associação Amigos do Peito (AAPEI), e diz que o filho costumava visitá-la. “Às vezes, olho pelo balcão e sinto como se tivesse vendo ele”, acrescenta.
Ela mantém a memória do filho viva através do contato com os netos. A mais nova mora com a mãe, em Rio Branco, e outro filho vive no Rio de Janeiro, e tem contato com a avó apenas por chamada de vídeo.
“É um caso que parou no tempo, os anos estão passando, e não é questão de não ter lutado, mas cada vez se prolonga mais, fica mais difícil. Então, a gente quer logo resolver, que seja feito a justiça. Tem sido muito difícil, essa espera, esses anos”, ressalta.
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