18 de novembro de 2024

Quatro bairros do Rio de Janeiro são os mais populosos do Brasil; segundo dados do IBGE

Campo Grande, na Zona Oeste, tem população maior do que cidades como Olinda (PE) e Cascavel (PR). São Paulo não entra na lista porque a subdivisão da cidade, definida pela prefeitura, é feita por distritos. O Rio de Janeiro tem os quatro bairros mais populosos do Brasil, segundo novos dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (14).
Campo Grande, na Zona Oeste da cidade do Rio, é o bairro mais populoso do país, com mais de 352 mil moradores. O número é maior do que a população de grandes cidades como Olinda, em Pernambuco (349.976 pessoas) e Cascavel, no Paraná (348.051), segundo dados do Censo 2022.
Em seguida, aparecem o bairro de Santa Cruz, com pouco mais de 249 mil moradores, Jacarepaguá, com 217 mil, e Bangu, com 209 mil.
Somados, os quatro bairros tem 1.028.250 de moradores, população maior do que a de capitais como Maceió (que tem 957.916 pessoas), Campo Grande (898.100), Teresina (866.300), João Pessoa (833.932) e Natal (751.300), de acordo com o Censo 2022.
Veja quais são os 20 bairros mais populosos do Brasil:
Campo Grande (Rio de Janeiro) – 352.356 moradores;
Santa Cruz (Rio de Janeiro) – 249.130 moradores;
Jacarepaguá (Rio de Janeiro) – 217.462 moradores;
Bangu (Rio de Janeiro) – 209.302 moradores;
Cidade Industrial de Curitiba (Curitiba) – 172.510 moradores;
Pimentas (Guarulhos) – 168.232 moradores;
Realengo (Rio de Janeiro) – 167.027 moradores;
Guaratiba (Rio de Janeiro) – 159.888 moradores;
Barra da Tijuca (Rio de Janeiro) – 151.603 moradores;
Tijuca (Rio de Janeiro) – 142.909 moradores;
Recreio dos Bandeirantes (Rio de Janeiro) – 140.437 moradores;
Jorge Teixeira (Manaus) – 133.742 moradores;
Copacabana (Rio de Janeiro) – 128.919 moradores;
Boa Viagem (Recife) – 125.805 moradores;
Cidade Nova (Manaus) – 124.935 moradores;
Maré (Rio de Janeiro) – 124.832 moradores;
Cidade Universitária (Maceió) – 118.017 moradores;
Benedito Bentes (Maceió) – 110.746 moradores;
Taquara (Rio de Janeiro) – 107.809 moradores;
Senador Camará (Rio de Janeiro) – 107.267 moradores.
Veja a população de cada bairro do Rio de Janeiro:

As divisões de cada cidade dependem de leis de divisões administrativas de cada prefeitura. No total, 863 cidades brasileiras, de um total de 5.570, possuem bairros. Ao todo, 119.431.359 de brasileiros do total de 203.080.756 não vivem em bairros.
São Paulo, por exemplo, não está na lista, pois, apesar de ter bairros, a prefeitura define que a subdivisão da cidade é por distritos — o município tem 96. O mesmo acontece com Brasília, que não tem uma divisão por bairros.
Em março, levantamento do IBGE mostrou que a população se distribui de maneira bastante desigual na capital paulista, com o Grajaú, na Zona Sul, sendo o distrito com o maior número de pessoas e de domicílios: são 384.873 habitantes e 154.205 domicílios.
Outras dados do Censo 2022:
As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:
O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
1,3 milhão de pessoas se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos.
Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo. Os dados mostram que a população cresceu e que 16,4 milhões de brasileiros (8,1% da população total) mora em favelas.
O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já A falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros.

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