O Ministério Público acusa Evelen Santiago, Thais Lopes, Yan Lucas e Rony Morelle de planejarem emboscada fatal. Neto Sousa trabalhava como motorista de transporte por aplicativo.
Divulgação/Rede Sociais
A 3ª Vara Criminal de Santarém, no oeste do Pará, realiza, nesta quinta-feira (10) e sexta-feira (11) 2024, o julgamento de quatro réus acusados de envolvimento no homicídio qualificado de Francisco Pereira dos Santos Neto, ocorrido em janeiro de 2023. O caso será presidido pelo juiz Gabriel Veloso de Araújo e contará com a participação de 12 testemunhas.
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Evelen Santiago de Castro foi presa em Santarém
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Os réus Evelen Santiago de Castro, Thais Lopes da Silva, Yan Lucas Santiago de Castro (conhecido como “Sapinho” ou “Beiço”) e Rony Morelle Ribeiro da Silva (“Baiano”) são acusados de formar uma associação armada para cometer crimes e de emboscar a vítima com o intuito de assassiná-la.
O Ministério Público do Pará, representado pelos promotores Diego Libardi Rodrigues e Paulo Igor Barra Nascimento, sustenta que o homicídio foi motivado por disputas entre facções criminosas rivais.
Suspeitos de envolvimento em morte de motorista no Juá em janeiro de 2023
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A defesa será realizada pelo defensor público Samuel Ribeiro e pelos advogados Jadson Soares da Silva, Edinelson Mota Batista e Alexandro Sérgio Baia da Silva.
Yan Lucas Santiago de Castro e Evelen Santiago de Castro suspeitos de envolvimento no crime
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O Crime
De acordo com a denúncia, Francisco Pereira dos Santos Neto, motorista de aplicativo, foi atraído até a ocupação do Juá após receber uma solicitação de corrida feita por Thais Lopes da Silva. Chegando ao local, ele foi vítima de uma emboscada, sendo alvejado por diversos disparos de arma de fogo. O corpo de Neto foi encontrado dentro de seu veículo, e testemunhas relataram ter visto duas mulheres deixando a área após o crime, uma delas ferida.
As investigações revelaram que o crime teria sido planejado por Yan Lucas (“Sapinho”), Rony Morelle (“Baiano”) e outros membros da facção Comando Vermelho, como vingança pela morte de Aleksander Guimarães Sena, conhecido como “Pânico”, supostamente assassinado por membros de uma facção rival. Vídeos publicados nas redes sociais mostram os acusados ostentando armas de fogo e prometendo vingar a morte de “Pânico”, o que reforçou as suspeitas contra eles.
Investigação e julgamento
A polícia descobriu que a casa onde o crime foi planejado funcionava como ponto de venda de drogas e era frequentada por membros da facção. Durante as diligências, foram encontradas armas e munições, e uma testemunha-chave do caso confirmou que viu os acusados comemorando o assassinato de “Neto do Uber”, como a vítima era conhecida.
A sessão será pública e poderá ser acompanhada online pelo site do Tribunal de Justiça do Pará.
Ligação com outro caso de homicídio
O julgamento ocorre menos de um mês após outro caso de grande repercussão na região, o julgamento dos envolvidos no homicídio de Aleksander Guimarães Sena, o “Pânico”, realizado em setembro. Rony Morelle e Yan Lucas, que estão sendo julgados pelo assassinato de Neto, também foram citados como vítimas de tortura no processo envolvendo a morte de “Pânico”.
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