Comparação é com o mesmo período de 2023. Analisando os dados entre janeiro e agosto de 2024 são mais de 8 mil queimadas, deixando o Tocantins em sétimo lugar no ranking de queimadas. Queimada em propriedade rural de Santa Maria, no interior do Tocantins
Divulgação/Naturatins
Tocantins registrou 2.580 focos de incêndio entre os dias 1ª e 30 de agosto deste ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa mais que o dobro se comparado ao mesmo período do ano passado, que teve 1.136 focos. Por causa de um incêndio e sem condições de apagar o fogo, o município de Centenário decretou estado de calamidade pública.
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Conforme os dados, neste mês as cidades que mais registraram queimadas foram Lagoa da Confusão (444), Pium (182), Formoso do Araguaia (167), Rio Sono (142) e Lizarda (129).
Até esta sexta-feira (30) o estado contabilizou mais de 8 mil focos em 2024. Com a fuligem das queimadas, a baixa umidade e clima quente do período de estiagem foi formada uma névoa seca sobre o Tocantins, que só deve se dissipar com a chegada das chuvas, segundo a Defesa Civil.
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Para evitar os incêndios, as autorizações para queima controlada no Tocantins foram suspensas até o dia 30 de outubro. O estado orienta que os incêndios criminosos sejam denunciados pelo número (63) 9 9201-6048, por meio de imagens, coordenadas geográficas e informações que possam ajudar nas investigações e policiamento.
Uma força-tarefa também foi criada nesta sexta-feira (30) para fiscalizar e combater as queimadas em Taquaruçu, Distrito de Palmas.
Pior seca nos últimos 40 anos
Tocantins está entre os 16 estados que enfrentam, neste ano, a pior estiagem no período de maio a agosto desde 1980. As informações são do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais, que é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Segundo os dados é a primeira vez em ano que se observa uma seca tão severa.
A seca teria iniciado em 2023 com a chegada do El Niño, que mudou o ciclo das chuvas. Neste ano, após o encerramento do fenômeno em abril, veio o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, reflexo do aquecimento global, que fez com que o padrão de chuvas continuasse alterado.
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