4 de janeiro de 2025

Quem é Fuad Noman, prefeito reeleito que toma posse em Belo Horizonte nesta quarta-feira


Economista e servidor público de carreira, Fuad Noman enfrentou problemas de saúde recentemente e segue à frente da Prefeitura da capital mineira após vencer eleições com 53,73% dos votos. Prefeito reeleito Fuad Noman (PSD).
Rodrigo Clemente/PBH
O prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) e o vice dele, Álvaro Damião (União), tomam posse em cerimônia na Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta quarta-feira (1º).
Com 53,73% dos votos válidos, Noman venceu o adversário Bruno Engler (PL) nas eleições de 2024 e segue à frente do Executivo municipal com o desafio de superar problemas, principalmente, nas áreas da saúde e da mobilidade urbana.
Conhecido pelo perfil técnico e conciliador, Fuad garantiu o pleito de 2024 mesclando o foco em realizações e obras frente aos dois anos de gestão da Prefeitura e na doçura e na sensibilidade de um “bom velhinho” que usa suspensórios.
Noman enfrentou problemas de saúde ao longo do ano passado, mas afirma que está se recuperando. Ele recebeu alta do Hospital Mater Dei no último 23 de dezembro após tratamento de um quadro de diarreia e sangramento intestinal.
Ao todo, o prefeito enfrentou três internações em um mês devido a complicações de saúde. Em julho, foi diagnosticado com Linfoma Não Hodgkin, que está em remissão total após tratamento intensivo.
Fuad Noman em obra no Cabana em maio de 2024.
Adão de Souza/PBH
55 anos de história no funcionalismo público
Fuad Noman tem ascendência síria e nasceu em Belo Horizonte, em 30 de junho de 1947 — assume o segundo mandato na prefeitura aos 77 anos, sendo o prefeito mais velho das capitais brasileiras e o mais idoso a assumir a capital.
Economista, Fuad se formou em ciência econômicas no Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB) e tem pós-graduação em programação econômica e execução orçamentária.
A carreira no serviço público começou há 55 anos, como funcionário concursado do Banco Central. Depois, trabalhou no Tesouro Nacional e foi secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Teve passagens como diretor do Banco do Brasil e presidente da BrasilPrev e também atuou no país africano de Cabo Verde, como consultor do Fundo Monetário Internacional.
Em Minas Gerais, Fuad participou dos governos de Aécio Neves (PSDB), em que foi Secretário de Estado da Fazenda e de Transportes e Obras Públicas, e de Antônio Anastasia (na época, no PSDB), em que foi chefe das Secretarias Extraordinárias de Coordenação de Investimentos e da Copa do Mundo de 2014, além de presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig).
Ingressou na Prefeitura de Belo Horizonte em 2017 e se manteve ao longo de todo o primeiro mandato do ex-prefeito Alexandre Kalil (na época, no PHS) como Secretário Municipal de Fazenda.
Em 2020, Fuad foi eleito como vice-prefeito na chapa que reelegeu Alexandre Kalil (na época, no PSD) à frente do Executivo da capital. Assumiu o comando em abril de 2022, quando o cartola do Atlético renunciou para ser candidato ao Governo de Minas.
Fuad Noman quando era Secretário de Fazenda de Belo Horizonte, em 2017.
Amira Hissa/PBH
Gestão na PBH e Eleições 2024
Até então acostumado com os bastidores, Fuad passou a estar à frente dos holofotes a partir de 2022, quando assumiu a prefeitura. Passou a reivindicar obras e feitos frente à PBH e a ter mais aparições públicas.
Nas eleições de 2024, não recebeu o apoio do até então padrinho Alexandre Kalil — que decidiu compor com Mauro Tramonte (Republicanos), terceiro lugar na corrida eleitoral. O cartola do Atlético se queixou da ausência de Fuad na campanha dele ao Governo de Minas em 2022.
A chapa de Fuad tinha como vice o vereador e jornalista Álvaro Damião (União Brasil), que também toma posse como vice-prefeito nesta quarta.
Fuad Noman diz que será ‘prefeito de todos os belo-horizontinos’
Casado com Mônica, pai e avô
Fuad Noman é casado com Mônica Drummond, que frequentemente aparece ao lado dele em eventos públicos. É pai de dois filhos e avô de quatro netos.
É torcedor do Atlético Mineiro, time que também é conselheiro benemérito. Escreveu três livros: “O amargo e o doce”, “Marcas do Passado” e “Cobiça” — este último que foi alvo de polêmica durante as eleições de 2024 por trechos retirados de contexto.
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