Atriz de filmes como ‘Era uma vez em… Hollywood’ (2019) e ‘Pânico’ (2022), teve destaque na série ‘Better Things’. Aos 25 anos, foi a primeira indicação na maior premiação do cinema. Mikey Madison ganhou Oscar de melhor atriz’
Carlos Barria/Reuters
Revelada com atuações psicóticas em “Era uma vez em… Hollywood” (2019) e “Pânico” (2022), a americana Mikaela Madison Rosberg supera o risco de passar o resto da vida escalada em papéis do tipo e provou ser uma força em ascensão inevitável em Hollywood.
Por trás da sensualidade e carisma de sua protagonista, a atriz de 25 anos abriga uma vulnerabilidade e uma doçura indispensáveis para a força de “Anora”.
O primeiro papel de destaque foi na série “Better Things”, como a filha mais velha da personagem principal desta dramédia estrelada por Pamela Adlon. A série foi criada por ela e pelo humorista Louie C.K, com episódios entre 2016 e 2022.
Enquanto interpretava a Max na série, ela trabalhou em outros filmes independentes como “Monster” e “Nostalgia”, ambos lançados em 2018. Em 2024, foi escalada para um papel de coadjuvante na série “Lady in the Lake”.
Mikey Madison, de ‘Anora’, posa no tapete vermelho do Oscar 2025
Monica Schipper / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
A virada na carreira veio ao ser escala para o papel-título de “Anora”, dirigido e roteirizado por Sean Baker. O filme do cineasta americano levou cinco prêmios no Oscar.
‘Ainda estou aqui’ faz história e ‘Anora’ é grande vencedor da noite
O longa começa como uma excelente e muito carismática comédia romântica com toques eróticos sobre uma stripper (Mikey) que conhece e se casa com um jovem herdeiro russo (Mark Eidelshtein).
“Anora” não demora para se desdobrar em novas camadas. É, ao mesmo tempo, uma história baladeira com drogas e sexo; um romance fofinho “good vibes”; e uma farsa hilária e caótica com toques de crítica social cínica. Acima de tudo, o filme dirigido e roteirizado pelo americano Sean Baker é um filme em que tudo parece real.
O diretor de 54 anos é conhecido por contar histórias sobre grupos marginalizados como imigrantes chineses de um restaurante (“Take Out”); crianças que vivem em móteis precários no entorno da Disney (“Projeto Flórida”) e garotas de programa trans (“Tangerina”). Falando de “Anora”, o consenso é o de que o filme reflete com fidelidade o trabalho sexual de mulheres.
Mikey Madison em ‘Anora’
Divulgação/Universal Pictures