20 de fevereiro de 2025

Questionado por jornalistas, Lula evita comentar denúncia da PGR contra Bolsonaro

Petista foi abordado por jornalistas após jantar com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo Sousa. Segundo a PGR, Bolsonaro sabia e concordou com plano para matar Lula. Lula evita comentar denúncia da PGR contra Bolsonaro por tentativa de golpe
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi questionado por jornalistas, mas evitou nesta terça-feira (18) fazer comentários sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas – acusados de golpe de Estado.
O petista foi abordado pela imprensa na saída de um jantar com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio do Itamaraty, mas não respondeu às perguntas sobre a denúncia.
Ele deixou a sede do Ministério das Relações Exteriores acompanhado da primeira-dama, Janja (veja no vídeo acima).
Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro sabia e concordou com o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Corte Alexandre de Moraes.
Se a denúncia for aceita pelo STF, Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal.
No documento enviado à Corte, a PGR lista os atos que embasaram as acusações em cada um dos delitos. De acordo com a denúncia assinada por Gonet, Bolsonaro adotou tom de ruptura com a democracia desde 2021.
“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde Amarelo'”, diz a denúncia.
A peça acusatória destaca que o “plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”.
Ainda conforme a denúncia, o plano “se desdobrava em minuciosas atividades”, tinha o Supremo como alvo a ser “neutralizado” e envolvia o assassinato de Moraes e o envenenamento de Lula.

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