Empresa alega dificuldades com a alta da inflação, das taxas de juros e da restrição de crédito. Atualmente, a Novo Mundo tem 1,3 mil colaboradores. Rede varejista Novo Mundo pede recuperação judicial – Goiás
Fábio Lima / O Popular
A rede Novo Mundo anunciou um pedido de recuperação judicial. Em comunicado oficial, a empresa alega que o pedido é decorrente dos obstáculos da pandemia da Covid-19 somados às dificuldades com a alta da inflação, das taxas de juros e da restrição de crédito para empresas e pessoas físicas.
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Segundo a empresa, o pedido foi protocolado na última quinta-feira (25), porém, o valor da dívida não foi divulgado. O comunicado afirma ainda que a recuperação judicial é uma alternativa para “retomar o crescimento” e destaca que a Novo Mundo está no mercado há 68 anos e que superou outras crises.
Questionada se os funcionários serão afetados, a empresa disse que, atualmente, tem 1,3 mil colaboradores e que, com a recuperação, conseguirá manter os empregos e os prestadores de serviço. Além disso, afirmou que poderá renegociar as dívidas, ajustar os estoques e voltar a ser adimplente.
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A Novo Mundo alegou ainda que seguirá funcionando nas atuais 90 lojas em operação e explicou que, de 2023 até o momento, 60 lojas foram fechadas. “Com o agravamento do cenário econômico e do setor, foi necessário fechar lojas antes da apresentação do pedido de Recuperação Judicial”, disse.
Questionada sobre o valor do faturamento anual, a Novo Mundo afirmou que faturou R$ 1,1 bilhão em vendas, em 2023. Também destacou que tem lojas em Goiás, no Tocantins, Pará, Maranhão e no Distrito Federal e que está confiante que a recuperação judicial ajudará a manter o funcionamento.
“[A] varejista tem convicção que, ao optar por essa estratégia legal, superará os obstáculos para se manter competitiva, negociando suas dívidas, garantindo a continuidade de suas atividades, preservando empregos e salvaguardando os direitos de todos os envolvidos”, escreveu a empresa.
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