Armas não funcionam e fazem parte do acervo do museu. Boletim de ocorrência foi registrado e Polícia Civil investiga o caso. Réplicas de armas foram furtadas em Xapuri
Reprodução/Secretaria Municipal de Turismo
O Memorial do Seringueiro, espaço turístico de Xapuri, interior do Acre, que reconta a história dos Ciclos da Borracha e de seringueiros, foi invadido por criminosos e duas réplicas de espingarda furtadas. As peças fazem parte do acervo e não possuem mecanismos que as façam funcionar. No local também funciona o Centro de Atendimento ao Turista (CAT).
A Secretaria de Turismo do município informou que, possivelmente, os criminosos entraram no local por uma janela que está danificada. Porém, não havia sinais de arrombamento e nem destruição. A invasão ocorreu entre o último domingo (4) e a segunda-feira (5).
A diretora de Turismo de Xapuri, Ronaira Barros, explicou que o memorial tem um estrutura frágil por conta das enchentes do Rio Acre na cidade. Foi registrado um boletim de ocorrência e a Polícia Civil investiga o caso.
“Temos uma janela que não fecha direito, então, relatei para a Polícia Civil sobre isso e a gente supõe que o individuo tenha entrado por essa janela. Não há sinais de arrombamento nas portas e demais janelas. No domingo, tivemos um grupo de visitantes grande e acabamos fechando mais tarde, por volta das 17h30”, destacou a diretora.
Memorial do Seringueiro tem acervo da época do Ciclo da Borracha
Acervo/Secretaria de Turismo de Xapuri
Ainda segundo Ronaira, os servidores que trabalham no memorial perceberam que as peças tinham sido levadas e acionaram a polícia. “Foram tirar o pó das armas e deram fé que tinham sumido duas réplicas de espingarda. Tivemos informações que outras residências foram alvos de delitos como esse no mesmo dia. Aproveitaram que estavam por perto”, disse.
Apesar de não funcionarem, a diretora alerta para a possibilidade de criminosos assaltarem os moradores com as armas. “Talvez já tenham visitado e viram as armas. São réplicas idênticas e, talvez, não saibam que são apenas esculturas de madeira. Nosso medo é de que possam ser utilizadas em assaltos, a pessoa abordada não vai perceber que é uma réplica”, disse.
Memorial do Seringueiro
O espaço foi reaberto em novembro do ano passado, juntamente com o Centro de Atendimento ao Turista (CAT). No local, o visitante tem um contato maior com a história do ciclo da borracha e os utensílios que os seringueiros usam até hoje para a extração do látex.
O acervo conta com uma fornalha, pélas de borracha, fogão à lenha, a escultura de um seringueiro com a poronga (tipo de luminária utilizada para se locomover pela mata na escuridão) em tamanho real, lamparinas e outros acessórios utilizados pelos trabalhadores.
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