17 de novembro de 2024

Retaliação do Irã contra Israel pode demorar a acontecer, diz porta-voz da Guarda Revolucionária

Em declaração dada nesta terça (20), porta-voz afirmou que ‘período de espera pode ser longo’ e que ‘o inimigo’ deveria esperar por uma resposta calculada e precisa. Vingança foi prometida após o assassinato do chefe do Hamas; Israel nunca assumiu a autoria. Multidão acompanha caminhão com restos mortais do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, no Irã, em 1º de agosto de 2024.
Vahid Salemi/ AP
Desde a morte do ex-chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do Hezbollah Fuad Shukr, o mundo aguarda apreensivo o cumprimento das promessas de vingança feitas a Israel pelo Irã e os grupos terroristas, mas ao que tudo indica as tensões diminuíram um pouco.
De acordo com o porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, Alimohammad Naini, ainda pode haver uma longa espera pela retaliação iraniana. A declaração foi dada nesta terça-feira (20).
“O tempo está a nosso favor e o período de espera por essa resposta pode ser longo”, afirmou, acrescentando que “o inimigo” deveria esperar por uma resposta calculada e precisa.
De acordo com a imprensa estatal iraniana, o porta-voz ainda disse que os líderes do Irã estão avaliando as circunstâncias e que a resposta dada deve ser algo diferente de ações tomadas anteriormente.
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Israel nunca assumiu a autoria do assassinato de Haniyeh. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
Cessar-fogo em Gaza
Na semana passada, autoridades iranianas afirmaram que apenas um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia atrasar a retaliação do Irã contra Israel.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira (19) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aceitou a proposta de cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza proposta pelos mediadores na semana passada e pediu para que o grupo terrorista Hamas faça o mesmo.
Nesta terça, Naini disse que o governo de Teerã apoia qualquer movimento que leve ao fim da guerra em Gaza e ajude seu povo, mas colocou em dúvida as intenções americanas:
“Não consideramos as ações dos EUA sinceras. Consideramos os EUA como parte da guerra”.
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