28 de dezembro de 2024

Rio Branco apresenta crescimento de casos de síndromes gripais a longo prazo, diz boletim

Boletim Infogripe foi divulgado na última semana, é referente à semana epidemiológica 20 e destaca que o Acre segue em tendência de aumento nas últimas seis semanas. Da região Norte, figuram apenas Rio Branco e Porto Velho. Acre aparece em estabilidade nas últimas seis semanas e em aumento nas últimas seis, diz Fiocruz
Reprodução/Boletim Infogripe
Rio Branco aparece em situação de aumento nas tendências de longo prazo em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) considerando a 20ª semana epidemiológica de 2024, entre 12 de abril a 18 de maio, segundo o Boletim InfoGripe, divulgado na última semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Da região Norte, figuram apenas a capital acreana e Porto Velho (RO).
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Segundo o estudo, se observa sinal de aumento dos novos casos semanais de SRAG na tendência de longo prazo, ou seja, nas últimas seis semanas, além de sinal de estabilidade a curto prazo, nas últimas três semanas. O cenário atual do aumento de SRAG no país, segundo o boletim, é decorrência fundamentalmente dos vírus sincicial respiratório (VSR), Influenza A e rinovírus.
Entre as capitais, além de Rio Branco, outras 14 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG. São elas:
Aracaju (SE)
Boa Vista (RR)
Campo Grande (MS)
Cuiabá (MT)
Florianópolis (SC)
João Pessoa (PB)
Macapá (AP)
Maceió (AL)
Natal (RN)
Porto Velho (RO)
Recife (PE)
Rio de Janeiro (RJ)
São Luís (MA)
Teresina (PI)
Marcelo Gomes, coordenador do Boletim Infogripe, chama atenção para o início da desaceleração das internações em algumas regiões.
“Para o VSR, em alguns estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, observa-se interrupção do crescimento ou queda. Em relação ao influenza A, associado ao aumento de SRAG em adolescentes e adultos, já se observa desaceleração no Nordeste e em parte do Norte e Sul do país”, destaca Gomes.
Cenário nacional
No cenário nacional, 15 unidades da federação apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo. Além do Acre, apresentam-se: Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
O indicador de longo prazo permite avaliação de tendência suavizando o efeito de eventuais oscilações entre semanas consecutivas, algo natural em dados de notificação.
Já o indicador de curto prazo permite identificar, de forma oportuna, possíveis alterações no comportamento de longo prazo, mas que necessitam interpretação cautelosa à luz de eventuais oscilações.
Emergência
O governo do Acre decretou situação de emergência em decorrência do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e da superlotação dos leitos de terapia intensiva. O documento foi publicado na última terça-feira (14) no Diário Oficial do Estado (DOE) e tem validade de 90 dias.
O documento, assinado pelo governador Gladson Cameli, enumerou que tomou a decisão baseada na “alta taxa de ocupação de leitos adultos em unidades de terapia intensiva nas unidades de saúde pública e rede privada”.
Além disto, a publicação diz ainda que a declaração de emergência é por conta da situação anormal vivenciada pelo estado, além do “aumento exponencial da procura por atendimento nas unidades estaduais de saúde, com grande número de queixas de sintomas gripais, e a gravidade dos casos identificados, os quais muitas vezes são submetidos a internação em leitos de terapia intensiva”.
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