11 de janeiro de 2025

Rivaldo Barbosa assumiu chefia da Polícia Civil na véspera do atentado contra Marielle e é suspeito de ter combinado não investigar o caso

TV Globo apurou que investigação aponta que ex-chefe de Polícia Civil do RJ acordou com Domingos Brazão, preso como mandante do crime, de não andar com as investigações. Polícia Federal prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco
O delegado Rivaldo Barbosa, preso neste domingo por suspeita de envolvimento no caso Marielle, tomou posse em 13 de março de 2018, um dia antes da execução da vereadora.
O g1 apurou apurou que, segundo as investigações, Rivaldo combinou com Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), antes do crime, que garantiria a impunidade.
Domingos Brazão e o seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, também foram presos neste domingo pela Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são apontados como mandantes do crime.
As prisões foram analisadas pela Procuradoria Geral da República (PGR). Houve a colaboração nas buscas e na prisão de Rivaldo da Polícia Civil do RJ.
Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco
Reprodução
Além deles, a PF cumpre buscas nas sedes do TCE e da Chefia de Polícia Civil do RJ, além da casa do delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do RJ quando Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos.
Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio.
Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.
Lessa está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime.
Os mandantes, segundo o ex-PM, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.
“É um domingo de muita dor, mas também para se fazer justiça”, disse Marinete da Silva, mãe de Marielle, em entrevista à GloboNews.

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