20 de setembro de 2024

Saiba quem era professor encontrado morto dentro de freezer em MT

Carlos trabalhou em escolas municipais do estado, mas estava aposentado. Carlos de Souza Pedrosa, de 58 anos
Divulgação
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O professor Carlos de Souza Pedrosa, que foi encontrado morto dentro de um freezer abandonado em uma área rural de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, nessa segunda-feira (26), estava aposentado há cerca de dois anos. Conhecido como “Carlinhos”, ele começou a trabalhar em um centro municipal de ensino fundamental e infantil de Tangará da Serra, em 1999, depois, passou por outras escolas da cidade.
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O professor de 58 anos nasceu no dia 6 de março de 1966, no distrito de Pirapanema do município Muriaé (MG) e formou-se em pedagogia em 1994.
Ao g1, o colega de profissão de Carlos e secretário de educação de Tangará da Serra, Vagner Constatino, disse que o mineiro era uma pessoa muito alegre e querida por todos.
“Trabalhei com Carlos durante oito anos e ele gostava muito de dar aula para os anos iniciais, como 3° e 4° ano. Ele era um professor brincalhão e se dava bem com todo mundo”, contou.
Apesar de ser apaixonado por ministrar aulas e estar sempre presente nas escolas e em eventos educacionais, o amigo contou que Carlos sofria problemas com bebidas alcóolicas há um tempo.
“Todos sempre tiveram um bom relacionamento com ele, e não tinha nada que desabonasse a conduta dele, tirando esse lado que fazia mal pra ele, do próprio uso do álcool. Fiquei sabendo que ele estava tendo problemas com bebidas e isso trouxe problemas sérios para ele, que até o deixou doente por um tempo”, explicou.
A maior parte da carreira de Carlos foi em escolas do município, mas ele também já atuou como professor na Argentina.
Planos e morte
O pedagogo aposentado morava sozinho e fornecia abrigo temporário para os dois jovens, ambos de 19 anos, que são suspeitos do assassinato do professor. Um deles foi preso por homicídio e ocultação de cadáver, e o outro ainda é procurado pela polícia.
A dupla que morava com Calos eram sustentados financeiramente por ele e também usavam o local como ponto de uso de droga e se aproveitavam da renda da aposentadoria. Segundo o delegado, o professor compartilhou com os jovens o plano que tinha de vender tudo e se mudar da cidade, o que incomodou a dupla.
Motivados pelo medo de ficarem sem um lugar para ficar e também por alguns desentendimentos pelo uso excessivo de álcool e drogas, os jovens mataram a vítima com golpes de faca. “No mesmo dia, dia 5, saíram para a rua com cartões de crédito da vítima e foram presos”, explicou o delegado.
Ainda no dia 5 deste mês, os jovens foram ouvidos na delegacia e autuados por furto de cartões. Em seguida, foram encaminhados à Justiça e soltos. Dois dias depois, foi registrado o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do professor.
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Investigações
Corpo da vítima estava dentro de um freezer jogado às margens de estrada
Doni Vilanova/TVCA
O delegado também contou que, mesmo após a soltura da dupla, a polícia seguiu com as investigações para identificar quem era o dono dos cartões encontrados com os suspeitos. Durante as buscas, na casa de uma tia do suspeito, foram encontrados alguns móveis pertencentes ao professor. O jovem foi localizado logo depois e confessou o crime aos policiais, indicando ainda a localização do corpo.
O segundo suspeito também já foi identificado, mas segue foragido, de acordo com a Polícia Civil.
A Perícia Técnica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados e encaminharam o corpo para exames de necrópsia.
Polícia civil prende suspeito de matar professor aposentado em Tangará da Serra
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