16 de novembro de 2024

Saiba quem Trump escolheu para seu novo governo até agora


Novos nomes incluem embaixadora ‘ultra-Maga’ para as Nações Unidas, ‘czar da fronteira’ que defendeu a separação de famílias de imigrantes ilegais e ‘pai’ do muro na fronteira com o México. Trump está montando seu novo governo, que terá início em 20 de janeiro. Susie Wiles, líder da campanha de Donald Trump nas eleições americanas de 2024, observa o candidato republicano durante discurso em 15 de janeiro de 2024.
AP Photo/Andrew Harnik
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está montando seu novo governo e já escolheu alguns nomes que estarão em postos-chave em sua nova gestão, que começa em janeiro de 2025. Veja quem já foi anunciado até agora:
Susie Wiles, chefe de gabinete
O nome de Wiles foi o primeiro anunciado por Trump para compor a equipe de seu segundo mandato. Ela é considerada uma das principais arquitetas da vitória do republicano nas eleições presidenciais.
Nos Estados Unidos, o cargo de chefe de Gabinete pode ser comparado com o de ministro da Casa Civil do Brasil. Entre as funções está a coordenação das atividades do governo e a organização das demais secretarias. Susie também deverá operar como uma das principais conselheiras do presidente.
Wiles foi uma das responsáveis por levar Trump ao poder em 2016 e ajudou a limpar o nome do republicano em 2021, após apoiadores invadirem o Capitólio no dia 6 de janeiro daquele ano.
Na corrida presidencial de 2024, ela trabalhou ao lado de Chris LaCivita. Embora Trump tenha deixado de lado conselhos de campanha diversas vezes, os estrategistas mantiveram o foco nas fraquezas de Joe Biden e Kamala Harris.
Ela foi considerada uma força firma e silenciosa por trás da terceira campanha de Trump na Casa Branca, conduzindo uma operação amplamente disciplinada e que se provou vencedora.
Elise Stefanik, embaixadora dos EUA para a ONU
Deputada Elise Stefanik discursa durante comício de Trump no Madison Square Garden, em Nova York, em 27 de outubro de 2024.
REUTERS/Andrew Kelly/File Photo
Elise Stefanik será representante dos EUA na ONU e defenderá a política isolacionista que o governo de Trump deve adotar a partir de janeiro. Seu nome foi anunciado pelo novo presidente na segunda (11).
Stefanik, de 40 anos, é atualmente a quarta republicana mais importante na Câmara dos Deputados e atua como presidente do partido Conferência Republicana desde 2021. Ela tem sido uma das aliadas mais leais de Trump na casa legislativa e foi até considerada como uma potencial escolha para vice-presidente.
Inicialmente crítica de Trump, ela foi se aproximando do republicano até, em 2019, se declarar como “ultra-Maga”, em referência ao slogan de Trump “Make America Great Again” (ou “Façam os EUA grandes novamente”, em português).
Stefanik tem sido uma crítica da ONU como instituição e uma defensora das ações Israel nas guerras contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano — o país é acusado de agir contra o direito internacional e de não proteger devidamente a vida de civis em ambos os confrontos.
Sua nomeação terá de ser aprovada pelo Senado, que terá maioria republicana.
Tom Homan, responsável pelas fronteiras
Tom Homan em setembro de 2019
REUTERS/Jonathan Ernst
Homan foi diretor do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA no primeiro mandato de Trump. Em uma rede social, o presidente eleito disse que Homan será o “czar da fronteira” — título jocoso que Trump deu a Harris — no próximo governo dele.
Homan já era cotado para um cargo na Segurança Interna dos Estados Unidos. Durante o primeiro mandato de Trump, ele foi muito criticado por ser um dos defensores da separação de crianças de famílias que imigraram ilegalmente para o país.
No novo governo, ele ficará responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá, além da segurança marítima e aérea voltada ao tema imigratório.
Uma das promessas de campanha de Trump é promover a maior deportação em massa de imigrantes ilegais da história dos Estados Unidos. O presidente eleito ainda não deu detalhes de como funcionará a medida.
Stephen Miller, vice-chefe de governo para a política
O ex-conselheiro sênior de Donald Trump, Stephen Miller, que foi nomeado como vice-chefe da Casa Branca para assuntos de política.
Andrew Kelly/ Reuters
Ex-conselheiro de Trump, Stephen Miller foi anunciado pelo republicano na segunda como vice-chefe de governo para a política, um cargo de confiança.
Miller está por trás das políticas mais duras de imigração adotadas por Trump entre 2017 e 2021 e é o “pai” do muro na fronteira entre os EUA e o México, marca registrada do primeiro mandato do republicano.
Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional
Deputado Michael Waltz discursa durante convenção nacional republicana, em julho de 2024.
REUTERS/Mike Segar/File Photo
Michael Waltz foi o escolhido por Trump para assumir o cargo de conselheiro de Segurança Nacional dos EUA. O deputado republicano pela Flórida é um veterano de guerra e crítico à China.
Waltz é marido de Julia Nesheiwat, que ocupou o mesmo cargo durante o primeiro mandato de Trump, e ele representará os EUA na linha de frente de uma série de crises que envolvem a segurança nacional do país —desde o esforço contínuo para fornecer armas à Ucrânia e as crescentes preocupações com a aliança entre Rússia e Coreia do Norte até os ataques persistentes no Oriente Médio por procuradores do Irã e a busca por um cessar-fogo entre Israel, Hamas e Hezbollah.
Waltz ainda não foi oficialmente anunciado por Trump, mas fontes das agências de notícias Reuters e Associated Press adiantaram a informação.
Kristi Noem, secretária de Segurança Interna
Trump fazendo dancinha no palco ao lado da governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem
REUTERS/David Muse
O presidente eleito Donald Trump escolheu Kristi Noem para ser a secretária de Segurança Interna dos EUA em seu novo governo, segundo fontes confirmaram à agência Reuters nesta terça (12).
Lee Zeldin, chefe da Agência de Proteção Ambiental
Nos EUA, Donald Trump anuncia três novos nomes para o governo
Em um comunicado, Trump disse que ele vai tomar decisões rápidas e justas para eliminar regulações ambientais e liberar o potencial da economia — e que, ao mesmo tempo, vai manter padrões ambientais elevados, garantindo água e ar limpos para as pessoas.
O ex-deputado Lee Zeldin disse nas redes sociais que quer restaurar a dominância do país no setor de energia e revitalizar a indústria automobilística.

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