19 de setembro de 2024

Santa Casa de Porto Alegre retoma cirurgias eletivas; fila para fazer procedimentos passa de 53 mil pacientes

Para zerar a fila de espera, a diretoria do complexo hospitalar programa um mutirão de cirurgias aos finais de semana. O número de procedimentos caiu 70% durante o caos climático. Um mutirão vai ajudar a reduzir as filas das cirurgias eletivas no Rio Grande do Sul
O aposentado Edir Garcia de Ávila viajou mais de 13 quilômetros para conseguir fazer a cirurgia do aparelho digestivo na Santa Casa de Porto Alegre (RS).
“Estava achando que não ia poder vir, ia ter que desmarcar depois. Eu estava há tempo esperando essa cirurgia”, conta.
A cirurgia de intestino da dona Neusa Rodrigues tinha sido adiada duas vezes.
“Porque tem muitas pessoas com mais urgência do que a minha”, explica a aposentada.
A fila de espera para fazer cirurgia na rede pública, em Porto Alegre, passa de 53 mil pacientes. Mais da metade (54%) são moradores do interior gaúcho.
Santa Casa de Porto Alegre retoma cirurgias eletivas
TV Globo/ Reprodução
O complexo da Santa Casa da capital, que tem oito hospitais, programa fazer um mutirão de cirurgias aos finais de semana.
A intenção é zerar a fila de espera. O número de procedimentos caiu 70% durante o caos climático.
“Também uma otimização do processo das salas cirúrgicas, estendendo os horários para poder atender esses pacientes que eventualmente não tenham conseguido acessar no período das enchentes”, afirma Gisele Bastos, diretora técnica do hospital.
As doações de medicamentos e insumos hospitalares que chegam de todo país garantem essa retomada.
No centro de distribuição da Secretaria da Saúde em Gravataí, na região metropolitana, estão 54 milhões de unidades de remédios, soro e ampolas para reforçar o mutirão.
“A gente tem a expectativa que nos próximos dias, próximo mês, a gente tenha uma normalidade. Sempre lembrando que nós teremos, ainda, muitos desdobramentos na assistência hospitalar que vai ser um reflexo de tudo que aconteceu nesse período de enchente’, explica Lisiane Fagundes, que é diretora de gestão da atenção especializada.
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