Em Divinópolis e outras cidades da região Centro-Oeste de MG, quase 400 pessoas são atendidas pelo Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com Ostomia. Encontro de pessoas estomizadas é realizado mensalmente em Divinópolis
Prefeitura de Divinópolis/Divulgação
Após a Prefeitura de Divinópolis realizar na última semana um encontro de pessoas com ostomia, o g1 procurou uma enfermeira especialista em estomaterapia para falar sobre a condição de saúde que afeta quase 400 pessoas no município e em 12 cidades mais próximas.
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O encontro, que ocorre mensalmente, é realizado pelo Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com Ostomia (Saspo) e tem o intuito de promover integração e união entre os pacientes.
Para a enfermeira especialista em estomaterapia Darilene Rocha Cordeiro, a iniciativa é uma importante forma de acolhimento dos pacientes.
“É uma condição de saúde pouco abordada que merece, sim, muita atenção”.
Ostomia
A ostomia ou estomia consiste na exteriorização de um órgão ou víscera oca para o meio externo e é realizada por meio de intervenções cirúrgicas, sendo elas: estomia de respiração, alimentação e eliminação. Entre os tipos está a colostomia.
“A colostomia é um estoma intestinal, ou seja, a exteriorização no abdome de uma parte do intestino grosso para eliminação de fezes. A colostomia é feita quando o paciente apresenta qualquer problema que o impede de evacuar normalmente pelo anus, sendo assim as fezes saem pelo estoma, localizado na superfície do abdome e essas fezes são coletadas por uma bolsa adaptada à pele”, explicou.
Ainda conforme a profissional, a colostomia pode ser temporária ou definitiva. A enfermeira pontuou que as principais causas da colostomia estão relacionadas ao câncer e doenças inflamatórias, além de malformações intestinais congênitas e trauma abdominal. Portanto, se trata de uma condição que causa mudanças físicas significativas no corpo.
“O paciente perde um pouco de sua integridade, vitalidade e autonomia. É uma condição que pode causar e causa, na maioria das vezes, conflitos e desequilíbrios internos”.
“Ainda no que se refere às mudanças enfrentadas pelos pacientes submetidos à colostomia, vale mencionar também que os desafios sociais e psicológicos trazidos pelo processo de adaptação à nova situação”, declarou.
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Darilene Rocha Cordeiro é enfermeira especialista em estomaterapia
Darilene Rocha/Arquivo Pessoal
Assistência à saúde
Por isso, ela aponta que após a cirúrgica da colostomia é de fundamental importância que o paciente receba os cuidados necessários para restaurar a autonomia nas atividades diárias normais, como sociais, exercícios físicos e relações sociais e sexuais.
“Então, para que a implementação do autocuidado seja efetiva, é necessário que os pacientes obtenham acompanhamento e orientações especiais dos profissionais de saúde, como os enfermeiros estomaterapeutas, por exemplo”, destacou.
O acompanhamento desses pacientes no processo de reabilitação, bem como atividades de acolhimento, são fundamentais para suprir as necessidades e readaptação dos pacientes.
“Estamos falando da perda da função intestinal relacionada à abertura permanente do abdômen, portanto, uma situação que desencadeia diversas mudanças na vida do paciente e pode levar a conflitos nas relações interpessoais. Por isso, quanto mais assistido ele estiver no que diz respeito à assistência à saúde, melhor será para ele e a família que também se envolve no processo”, finalizou.
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