19 de outubro de 2024

Seca do Rio Tapajós prejudica atividades escolares em comunidades ribeirinhas de Santarém

A situação levou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) a instituir um comitê de crise para enfrentar os desafios impostos pela seca. Seca é considerada uma das maiores da história de Santarém
Reprodução/TV Tapajós
A forte estiagem que afeta os rios Tapajós e Amazonas está impactando severamente as atividades escolares em comunidades ribeirinhas de Santarém, no oeste do Pará. Com o nível das águas baixando drasticamente, o transporte dos alunos, em geral é feito por pequenas embarcações, tornou-se inviável em várias regiões. Em algumas áreas, igarapés e lagos secaram completamente ou se transformaram em córregos, deixando várias comunidades isoladas.
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A situação levou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) a instituir um comitê de crise para enfrentar os desafios impostos pela seca. O principal problema, além da dificuldade de locomoção, é a falta de água potável nas escolas ribeirinhas, segundo o professor Nilton Araújo, Chefe do Núcleo de Educação para a Região de Rios.
“Na última segunda-feira (14), fizemos uma reunião com a Semed para criar um comitê de crise. Nosso objetivo é verificar as demandas das escolas, especialmente no que diz respeito à falta de água potável e ao transporte dos alunos. Em algumas regiões, as embarcações não conseguem mais chegar às escolas devido à seca extrema. Diante disso, estamos providenciando a entrega de água potável para escolas em áreas como a várzea do Urucurituba e Aritapera”, afirmou Araújo.
Além disso, a medida emergencial também contempla a implementação de aulas remotas para os estudantes que estão com dificuldades de chegar às escolas. De acordo com Araújo, as atividades serão entregues diretamente nas residências dos alunos, e professores ou representantes das escolas farão visitas regulares às comunidades para oferecer reforço escolar.
“Estamos criando um cronograma para que os professores possam visitar as comunidades e oferecer apoio presencial, garantindo que as crianças não fiquem sem oportunidades de aprendizado durante esse período difícil”, completou o professor.
A seca, considerada uma das mais intensas dos últimos anos, tem imposto desafios não apenas à educação, mas também ao cotidiano das comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para transporte. O desafio agora é encontrar soluções para mitigar os impactos da estiagem e manter o acesso à educação para as crianças e adolescentes da região ribeirinha.
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