Grávida estava com 32 semanas de gestação e precisou fazer um parto de emergência. Homem foi preso por suspeita de atirar contra gestante, em Imperatriz. Tiro acertou bebê.
Divulgação
A Polícia Civil prendeu o segundo suspeito de participação na tentativa de homicídio contra um casal, no qual uma adolescente grávida de 32 meses foi baleada e o tiro atingiu o bebê, em Imperatriz.
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O crime aconteceu no dia 16 de junho e, de acordo com as investigações, pode ter sido motivado por uma disputa entre organizações criminosas, com ligação ao tráfico de drogas na região.
A prisão aconteceu na tarde da última sexta-feira (28), em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O homem, que não teve o nome informado, foi preso assim que se apresentou no 2º distrito policial, acompanhado da mãe.
A polícia deu cumprimento ao mandato de prisão nessa quarta-feira (27) em Imperatriz
Reprodução
Antes, no dia 27, outro homem já havia sido preso por suspeita de atirar contra a jovem. Ele também não teve o nome informado e estava escondido em uma casa nas proximidades de onde o crime aconteceu, no bairro São José, em Imperatriz.
Suspeito de atirar em grávida de 32 semanas é preso no Maranhão
O caso
A adolescente de 15 anos foi baleada na noite do domingo (16), na Rua 14, no bairro São José, quando estava estava na porta de casa com o companheiro, identificado como Douglas Sousa, de 20 anos. Eles foram surpreendidos por dois homens que dispararam diversas vezes contra o casal.
A bala ficou alojada na perna do bebê
Reprodução/Bom Dia
Os tiros atingiram a barriga da adolescente, que foi socorrida e levada para a Maternidade de Alto Risco de Imperatriz, onde passou por uma cesárea de emergência. Exames de imagem mostraram que um dos tiros atingiu a perna esquerda do bebê.
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O companheiro da adolescente também foi atingido durante a ação criminosa. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Imperatriz, onde passou por cirurgia.
Procedimento cirúrgico
O bebê está sendo monitorado pela equipe médica da Maternidade de Alto Risco de Imperatriz (MARI), a 629 km de São Luís
Reprodução
O bebê teve que passar por um procedimento cirúrgico para retirada do projétil na Maternidade de Alto Risco de Imperatriz (MARI). A cirurgia durou cerca de duas horas e, para entender um pouco sobre o grau de complexidade da cirurgia, o g1 conversou com exclusividade com Tania Mara Nascimento, médica e coordenadora da UTI Neonatal da Maternidade de Alto Risco de Imperatriz.
“ A cirurgia foi de risco. A localização da bala pelo vasto lateral da coxa esquerda, onde passa estruturas importantes de artérias. Foi uma cirurgia bem complexa, porém foi tranquila, com duração em torno de duas horas. Se a bala tivesse localização mais acima, poderia pegar a artéria femoral, causando uma hemorragia maciça, levando o bebê a óbito’’, afirma a médica.
Como o bebê é considerado prematuro, há um risco elevado de desenvolver problemas a longo prazo. Por isso, após a cirurgia o bebê passou a ser acompanhado pela equipe da maternidade.
“Quanto as sequelas da parte ortopédica, isso é um processo que vamos monitorar a longo prazo, após a recuperação do bebê e do pós-operatório imediato. Mas, como não houve lesão de nenhuma estrutura importante, acredito que tenha um bom prognóstico”, disse.
Segundo a coordenadora, a cirurgia foi realizada pelo médico ortopedista Robson Soares, com o apoio de uma equipe composta por: médica pediatra, caso houvesse intercorrências durante o procedimento, um médico anestesista e toda equipe de enfermagem.
Investigações
Inicialmente, a polícia investigava se o casal teria sido baleado após uma tentativa de assalto. No entanto, segundo informação repassada pela Delegacia Regional de Imperatriz, a possibilidade de roubo foi descartada, e o caso passou a ser investigado como tentativa de homicídio.
De acordo com o Major Leonardo Oliveira, comandante do 3º BPM, testemunhas relataram que o companheiro da adolescente teria envolvimento com facções criminosas e estaria com dívidas relacionadas à drogas.
“Infelizmente imagens ainda não temos, mas estamos em campo para tentar coletar mais informações para saber sobre a dinâmica. A gente tem algumas informações que essa ocorrência se deu por dívidas de drogas, principalmente em razão do rapaz atendido, ele estava devendo para uma facção”, explicou o Major Leonardo Oliveira, comandante do 3º BPM.