9 de janeiro de 2025

Seguranças de Rogério Andrade presos foram citados na CPI das armas por excesso de disparos

O subtenente da PM Flávio Pereira Moraes e o sargento Anderson Faria Mercês estavam entre os três que mais utilizaram suas armas entre janeiro e outubro de 2015. O MPRJ e a Corregedoria da PM prenderam 18 policiais apontados como seguranças do bicheiro Rogério Andrade. Operação prende 18 PMs apontados como seguranças do bicheiro Rogério Andrade
Dois dos 18 seguranças que trabalhavam para o bicheiro Rogério Andrade e foram presos na última quarta-feira (20) foram citados na CPI que apurou roubos e extravios de armas das forças de segurança do Rio de Janeiro, na Alerj, em 2015.
O subtenente da PM Flávio Pereira Moraes e o sargento Anderson Faria Mercês foram presos por suspeita de integrar organização criminosa comandada por Rogério Andrade.
Os dois prestaram depoimentos na CPI presidida pelo deputado Carlos Minc. Na ocasião, eles foram apontados como sendo dois dos três PMs do estado que mais utilizaram suas armas, entre janeiro e outubro de 2015.
Flávio, que segundo o MPRJ seria o responsável pela segurança armada da quadrilha de Rogério Andrade, confirmou na CPI ter atirado 606 vezes. Segundo ele, todos os disparos foram em legítima defesa.
Arma ou macaco hidráulico
Outro policial preso nesta quarta por atuar na segurança de Rogério, o sargento Carlos Fernando Dias Chaves, também se envolveu em um caso grave em 2015.
O policial confundiu um macaco hidráulico com uma arma e atirou em dois jovens que levavam a ferramenta em uma moto.
Em 2019, a Justiça decidiu que o sargento irá a Júri Popular. Contudo, o julgamento, até agora, não foi realizado.
Seguranças presos
Agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Corregedoria da Polícia Militar prenderam 18 PMs apontados como segurança do bicheiro Rogério Andrade, que foram denunciados por organização criminosa.
O contraventor Rogério Andrade
Reprodução/TV Globo
Os agentes buscavam cumprir 20 mandados de prisão, sendo 18 contra PMs e um contra um policial penal. Um mandado de prisão também estava sendo cumprido contra um suspeito que não é policial.
A operação encerrou com três foragidos. Além dos 20 alvos com mandados, as investigações identificaram o envolvimento de policiais que já foram excluídos na corporação.
A operação, batizada de Pretrorianos, é comandada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que denunciou à Justiça 31 pessoas pelo crime de organização criminosa.
Ao todo, cerca de 200 agentes da Coordenadoria de Segurança do MPRJ, das corregedorias, e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) estão nas ruas para capturar os policiais.
A ação é um desdobramento da operação Calígula, deflagrada em maio de 2022, que mirava bingos de Rogério Andrade e Ronnie Lessa.

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