Senadores de oposição e até governistas pressionaram para que o texto não fosse analisado. Texto põe fim a uma proibição que vigora há quase 80 anos. O Senado adiou nesta quarta-feira (4) a votação do projeto que libera os jogos de azar no país, como bingo, jogo do bicho e cassino. Com isso, a análise do projeto pelos senadores deve ficar para o ano que vem.
“Fica retirado de pauta, fatalmente incumbirá à próxima Mesa Diretora do Senado a definição sobre os desdobramentos em relação a esse projeto”, informou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Segundo o projeto, somente maiores de 18 anos poderão jogar. Haverá proibição, por exemplo, para jogadores que se declararem ludopatas — viciadas em jogos de azar — ou forem interditados judicialmente.
O texto põe fim a uma proibição que vigora há quase 80 anos, uma lei de 1946 que proíbe a exploração de jogos de azar em todo o país. A proposta também revoga trechos da Lei de Contravenções Penais, que estabelece punições para as práticas.
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A operação dos jogos de azar, no entanto, deverá seguir uma série de critérios. Serão exigidos, por exemplo, valores mínimos de capital da empresa e comprovação de origem lícita dos recursos. Somente empresas com sede no Brasil poderão operar as jogatinas, que estarão permitidas em locais previamente autorizados.
De acordo com o projeto, ficará a cargo do Ministério da Fazenda definir os processos de licenciamento, fiscalização e autorização de exploração. O governo também poderá criar uma agência reguladora.
A proposta aprovada pela CCJ autoriza a prática e a exploração no Brasil de:
jogos de cassino
jogos de bingo
jogos de videobingo
jogos online
jogo do bicho
apostas em corridas de cavalos (turfe)