Luana Leopoldo registrou um boletim de ocorrência e afirma ter sido chamada de ‘macaca’ pela mãe de um jogador do Sub-15 do Sesi Franca Basquete. Torcedora aponta ter sido vítima de racismo durante jogo de basquete em Franca,SP
A cabeleireira Luana Leopoldo disse se sentir impotente após sofrer um ataque racista durante uma partida de basquete em Franca (SP).
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De acordo com Luana, após um desentendimento entre as torcidas do Sub-15 do Sesi Franca Basquete e do Palmeiras no domingo (24), a mãe de um jogador do time da casa chamou a cabeleireira de macaca, fazendo menção pejorativa ao cabelo da torcedora.
“O sentimento que a gente tem é de impotência. A gente saiu de casa para torcer pelo nosso filho, para acompanhar, curtir o esporte, apoiar em tudo e a gente passa por isso em outra cidade. A gente se sente impotente”, disse Luana.
Torcedora Luana Leopoldo aponta ter sido vítima de racismo em jogo de basquete em Franca (SP)
Reprodução/Redes sociais
Em entrevista ao g1, ela afirmou que a divulgação do caso nas redes sociais aconteceu para que situações semelhantes não fiquem impunes.
“A dor que a gente passa no momento da raiva, do ódio, é absurda e eu sei que se a gente não falar sobre isso, mais casos vão continuar acontecendo, então por isso a gente resolveu não se calar”, disse.
Após a chegada de equipes da Polícia Militar, Luana tentou identificar e localizar a autora das ofensas, mas não conseguiu. No boletim de ocorrência, o marido da suposta agressora, negou as ofensas racistas atribuídas à esposa, afirmando que “somente gesticularam a ela para tirar a peruca”.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
Ofensas racistas
Nas redes sociais, a cabeleireira Luana Leopoldo expôs a situação que aconteceu enquanto acompanhava o filho, jogador do Palmeiras, na partida no Centro de Treinamento Hélio Rubens Garcia (veja o vídeo no início da matéria).
Luana acompanhava o jogo na arquibancada junto com o marido quando teria sido vítima das ofensas pela mãe de um jogador do time da casa.
“Ela pegou no cabelo dela para fazer a cena. Ela pegou no cabelo dela e falou assim: ‘segura a peruca, macaca’. A partir desse momento, eu fiquei cega, eu não sei quem foram as pessoas que me seguraram, porque eu parei o jogo”, disse Luana no vídeo para as redes sociais.
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A cabeleireira explica que a confusão começou depois de um estranhamento entre torcedores das duas equipes. Em determinado momento, próximo ao fim do jogo, mães de atletas da equipe do Franca teriam pedido para que Luana parasse de ofender a torcida rival.
Luana negou que estivesse ofendendo ou desrespeitando os adversários durante o jogo.
Contra o racismo
Em nota, o Sesi Franca Basquete lamentou o desentendimento entre torcidas e informou que todas as medidas cabíveis foram tomadas de imediato, assim como o acionamento da polícia.
O clube ainda destacou que repudia toda atitude discriminatória, ofensiva e preconceituosa e afirmou que está à disposição para prestar o apoio necessário à vítima.
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