Tomás Felipe Bandeira da Rocha tinha 10 anos e brincava de esconde-esconde com um amigo quando sofreu descarga elétrica. Morte é investigada pela Polícia Civil. Testemunhas contam como menino de 10 anos levou choque em Academia do Recife
Dor e revolta são os sentimentos compartilhados pela família de Thomas Felipe Bandeira da Rocha, menino de 10 anos que morreu na quarta-feira (2) após ser atingido por uma descarga elétrica enquanto brincava com um amigo numa unidade da Academia Recife, localizada numa praça no bairro de Engenho do Meio, na Zona Oeste da Cidade.
“É revoltante uma praça onde brincam tantas crianças, e Thomas estava ali desde que aprendeu a andar, praticamente, esteja numa situação dessas, com um fio de alta tensão vazando corrente”, disse a tia Natália Rocha.
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Tomás brincava de esconde-esconde e na academia instalada no Parque Doutor Arnaldo Assunção, por volta das 21h45. Em determinado momento, ele se escondeu atrás do armário onde são guardados os pesos da academia. Foi lá que o menino recebeu a descarga elétrica.
De acordo com a tia, brincar com os amigos era algo comum na rotina do menino, que foi lembrado como “muito feliz” e sonhador.
“Ele tinha vontade de viajar, falava muito que queria viajar com a avó, conhecer todos os estados. Era ‘Vó, quero conhecer dois estados por dia’. […] Ele era um menino muito querido, tanto pela família quanto pela comunidade. A comunidade do Engenho do Meio está em luto, com um sentimento de dor, revolta e tristeza muito grande”, disse Natália.
Tomás foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões, também na Zona Oeste, mas não resistiu. Nesta quinta (3), a família foi até o Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo e, então, aguardar a liberação.
Tomás Felipe Bandeira da Rocha, de 10 anos, morreu após levar um choque elétrico em praça na Zona Oeste do Recife
Acervo pessoal
A morte de Thomas foi registrada pela Polícia Civil como “morte a esclarecer” e, de acordo com a corporação, as investigações seguem até o esclarecimento do fato.
O que diz a prefeitura
Procurada, a Secretaria de Esportes do Recife disse que, assim que tomou conhecimento do acidente, procurou os familiares do menino para apoio “com assistentes sociais e outros serviços”. A gestão municipal também afirmou que:
As Academias Recife são geridas pelo Instituto de Gestão de Esporte e Cultura (IGEC), entidade contratada por meio de processo licitatório e responsável pela gestão administrativa dos 28 espaços do tipo espalhados pela cidade;
Notificou o IGEC e abriu um processo administrativo para apurar o acidente;
Periodicamente, as Academias Recife recebem manutenção para o bom funcionamento das unidades;
Atualmente, na unidade do Engenho do Meio cerca de 2 mil pessoas são atendidas.
O g1 procurou o Instituto de Gestão de Esporte e Cultura (IGEC), mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Criança leva choque em academia pública no Recife
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