Servidores estavam de greve desde 5 de abril e decidiram suspender o movimento nessa quinta-feira (27) após assinatura de acordo com o governo federal. Aulas voltam na segunda (1º). Atividades nos campi do Ifac retornam na próxima segunda-feira (1º)
Victor Lebre/g1
Após quase três meses de greve, os servidores do Instituto Federal do Acre (Ifac) decidiram suspender o movimento e voltar com as atividades em todos os campi do estado. A decisão foi tomada nessa quinta-feira (27), após assinatura de termo de acordo com o governo federal.
Os servidores estavam em greve desde o dia 5 de abril. No Acre, o Ifac tem seis campi e a reitoria. O primeiro campi a entrar em greve foi Sena Madureira.
Em Tarauacá e Cruzeiro do Sul, no interior, a greve acabou nos últimos dias 14 e 21, respectivamente. Nos demais campi, Rio Branco, Baixada do Sul/Transacreana, Xapuri, Sena Madureira e na reitoria as aulas voltam na segunda (1º).
“Com a assinatura do termo de acordo, a rede federal de ensino suspendeu o estado de greve. No Ifac, já retomamos com nossas atividades no dia primeiro, as propostas foram acordadas entre as entidades e o governo e temos alguns ganhos positivos”, explicou Arielly Ribeiro, diretora executiva do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) no Acre.
Segundo a diretora, esses foram os acordos firmados:
9% e 5% de reajuste para os técnicos administrativos em 2025 e 2026, respectivamente;
9% e 3,5% de reajuste paras os docentes em 2025 e 2026;
Reconhecimento de saberes e competências (rsc) para os técnicos administrativos;
Revogação da portaria 983/2020, que regulamenta a atividade docente de forma prejudicial;
Recomposição de parte do orçamento do instituto;
Reestruturação, em parte, das carreiras.
A greve geral do Ifac foi aprovada na 188ª assembleia Sinasefe, em 27 de março. Na mesma plenária, foi deliberado sobre a ação de movimento ‘paredista’ (relativo a parede ‘greve’ ou adepto desse movimento), o que quer dizer que coletivamente as classes se uniram para uma intervenção imediata, recorrendo à paralisação, até que o governo as atendam efetivamente.
O movimento nacional reivindicava melhorias nas carreiras, nos salários e nos orçamentos das instituições federais de Educação. Além das pautas nacionais, durante as assembleias ocorridas com os servidores dos campi do Ifac foram levantadas as demandas locais, entre elas: melhorias estruturais, segurança e garantias de recursos para difusão de pesquisas.
Greve na Ufac
A greve dos professores da Universidade Federal do Acre (Ufac), que já dura quase 2 meses, foi mantida após uma proposta do governo federal ser rejeitada durante assembleia geral da Associação de Docentes da Ufac (Adufac), que ocorreu no dia 20 de junho.
Mesmo após decisão nacional para encerrar greve, professores da Ufac mantêm paralisação
O Ministério da Educação (MEC) envolveu na negociação a recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, implementação de reajuste de benefícios e aumentos salariais de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.
Segundo o governo, caso as paralisações em todo o país sejam suspensas, a Portaria 983/2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes, será revogada.
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