18 de outubro de 2024

Servidores públicos são afastados e três pessoas são presas em operação da PF contra crimes ambientais no PA, MT e GO

Segundo a Polícia Federal (PF), foram sequestrados R$ 100 milhões em bens de investigados, incluindo propriedades rurais. Operação foi deflagrada em três estados.
PF PA
A Polícia Federal (PF) prendeu três pessoas preventivamente durante a operação ‘Trapaça’, deflagrada nesta quarta-feira (16) no Pará, Mato Grosso e Goiás. Além disso, seis servidores públicos foram afastados dos cargos.
Os agentes informaram que operação combate fraudes em processos de crédito rural, corrupção de funcionários públicos, além de crimes ambientais, especialmente na região amazônica.
Segundo a PF, também foram sequestrados R$ 100 milhões em bens de investigados, incluindo propriedades rurais, e cumpridos 17 mandados de busca e apreensão.
Como o esquema funcionava
Conforme apurado nas investigações, uma empresa de regularização fundiária estaria envolvida na falsificação de documentos para instruir processos de solicitação de crédito rural.
Veículos encontrados em uma das propriedades alvo da busca e apreensão.
PF PA
A PF pontuou que a prática permitia que infratores ambientais obtivessem financiamento destinado à exploração de áreas ilegalmente desmatadas.
“As investigações indicam que, aproximadamente, 5 mil hectares de floresta foram desmatados e queimados após a liberação do crédito rural”, relatou a polícia.
Segundo os agentes, foi constatado que funcionários de uma empresa corrompiam servidores de secretarias de meio ambiente e órgãos fundiários, assegurando decisões favoráveis mediante o pagamento de propina.
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A empresa de regularização fundiária envolvida no esquema teve suas atividades interrompidas e está proibida de operar no mercado.
Além disso, a PF informou que uma agência bancária teria concedido crédito a áreas embargadas por órgãos ambientais. Ela também teve suas operações de financiamento rural suspensas.
Os agentes pontuaram que as investigações prosseguirão para apurar se os valores recebidos foram utilizados para financiar crimes ambientais na Amazônia, identificar outros envolvidos no caso e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.
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