19 de novembro de 2024

Sesap quer criar ‘barreira ortopédica’ para desafogar Hospital Walfredo Gurgel


Estado quer que municípios custeiem atendimentos ortopédicos de menor gravidade para diminuir demanda do maior hospital público do Rio Grande do Norte, que está superlotado. Secretária de saúde apresenta plano de ação para diminuir superlotação no Walfredo Gurgel
Maior unidade de saúde pública do Rio Grande do Norte, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel voltou a registrar superlotação ao longo das últimas semanas, em Natal.
Nesta segunda-feira (18), após o feriadão da Proclamação da República, o hospital tinha cerca de 130 pessoas no pronto-socorro Clóvis Sarinho. Mais de 60 pacientes estavam em corredores e duas salas de cirurgias permaneciam bloqueadas para abrigar internados.
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Para tentar desafogar a unidade, a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte anunciou uma série de medidas.
Uma delas é o projeto para criação de uma “barreira ortopédica” para que municípios arquem com o custeio de atendimentos ortopédicos menos complexas. Segundo a secretária Lyane Ramalho, a medida já é discutida há mais de um ano com os municípios da região metropolitana e funciona no interior do estado.
A ideia é que o atendimento seja oferecido em formato de consórcio entre os municípios para ratear os custos dos procedimentos, que devem ser concentrados em uma das cidades. Dessa forma, o Hospital Walfredo Gurgel receberia apenas os casos mais graves.
A capital, Natal, não participaria do consórcio porque já faz procedimentos ortopédicos por conta própria.
A secretária de Saúde afirma que o número de atendimentos mensais do Walfredo Gurgel praticamente dobrou entre 2023 e 2024 por causa do aumento de casos de acidentes de moto. Muitos desses casos são leves, o que não fazem parte do perfil de atendimento da unidade.
Ambulâncias na entrada do Hospital Walfredo Gurgel nesta segunda-feira (18)
Thiago César/Inter TV Cabugi
Obra no segundo andar
Outra iniciativa anunciada pelo governo é o aceleração da reforma do segundo andar do pronto-socorro Clóvis Sarinho, que deve liberar 39 leitos.
“A gente não entende que a reforma tenha piorado (a situação do hospital), ela foi apenas mais um fator. A gente já vem há alguns dias trabalhando no enfrentamento dessa grande superlotação. Há mais ou menos 15 dias se instituiu essa força tarefa e apresentamos esse plano de contingência”, disse a secretária.
De acordo com Lyane, o acordo firmado é de que a obra seja entregue até o dia 30 de novembro, porém, a pasta busca entregar a reforma antes desse prazo.
A Secretaria de Saúde também anunciou que está preparando a contratação de cerca de cinquenta profissionais de saúde, entre técnicos, enfermeiros e outros profissionais como fonoaudiólogos e fisioterapeutas, para trabalhar no segundo andar e também reforçar os cuidados com pacientes com AVC.
A secretária adjunta de saúde também vai, a partir dessa terça, dar expediente no hospital Walfredo Gurgel para atuar de perto nessas medidas.
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