19 de outubro de 2024

Sessenta soldados colombianos são sequestrados, diz Exército

Segundo o Exército da Colômbia, os soldados realizam operações de segurança no estado de Cauca, no oeste do país. Sessenta soldados colombianos foram sequestrados na noite desta sexta-feira (18), informou o Exército do país, adicionando que a situação ainda está se desdobrando.
Os soldados da 3ª divisão do Exército Nacional colombiano, que operam no estado de Cauca, no oeste do país, foram sequestrados por cerca de 250 habitantes de El Filo durante operações de segurança, afirmou o órgão em comunicado. Em um esforço para evitar qualquer confronto com a população civil e proteger os Direitos Humanos, as tropas permanecem no local, ainda segundo o Exército.
El Filo é uma zona rural entre os municípios de Argelia e El Tambo, a cerca de 400 km da capital Bogotá.
O Exército afirmou que as tropas combatiam organizações criminosas que atuam na área–entre as atividades ilegais que as tropas da 3ª divisão combatem estão a mineração ilegal e o narcotráfico.
Em 2024, o Exército colombiano prendeu 16 pessoas, interveio em 52 unidades de mineração ilegal, destruiu 36 máquinas, 16 dragas e 11 túneis, e apreendeu 42 kg de explosivos na região.
A produção de cocaína na Colômbia bateu um recorde histórico, segundo informe anual do Escritório contra a Droga e o Crime (UNODC), da ONU, divulgado nesta sexta (18). Aumentou 53% em 2023, atingindo a cifra recorde de 2.600 toneladas no ano.
As plantações de folha de coca se concentram em quatro estados do país –Cauca, Nariño, Putumayo e Norte de Santander–, onde as áreas de cultivo somam mais de 30.000 hectares.
Financiados pelo narcotráfico, pela mineração ilegal e pela extorsão, os grupos armados se multiplicam. Apesar do desarmamento das Farc, persistem outras organizações que lucram com as drogas, como dissidentes que rejeitaram o acordo de paz, rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Clã do Golfo, maior quadrilha de narcotráfico do país. É um “panorama criminoso cada vez mais fragmentado e complexo”, destaca o relatório da ONU.
Esta reportagem está em atualização.

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